Manaus/AM – O Amazonas tem apenas 59,1% da população totalmente imunizada e de acordo com dados do vacinômetro da Fundação de Vigilância em Saúde Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em 35 dos 62 municípios amazonenses menos de 50% da população está totalmente imunizada contra a Covid-19, com as duas doses ou com a dose única aplicada.
Para o infectologista Nelson Barbosa, da Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMTHVD), o número é preocupante e acende um alerta para aglomerações e aumento do número de casos no primeiro semestre deste ano.
Os municípios de Ipixuna e Santa Isabel do Rio Negro são os que têm os índices mais baixos de vacinação. Em Ipixuna, segundo o levantamento publicado pelo G1, apenas 25,9% da população total está com o esquema de imunização completo.
Já Santa Isabel do Rio Negro, cuja maioria da população é indígena, também a vacinação é baixa. No município, apenas 29,3% recebeu as duas doses ou a dose única da vacina.
Os demais municípios que apresentam uma média de 30% de vacinação são Careiro da Várzea, Coari, São Sebastião do Uatumã, Anamã, Beruri, Novo Aripuanã, Atalaia do Norte, Guarajá, Novo Airão, Borba, Nova Olinda do Norte, São Paulo de Olivença, Maraã, Barcelos, Manaquiri, Pauini, Anori e Codajás estão com a aplicação das duas doses na faixa dos 30%.
Por outro lado, os municípios que estão mais avançados na imunização são Silves, com 84,7%, Tefé, 70% e Jutaí 69,2%.
O infectologista Nelson Barbosa afirma que o número é preocupante e acende um alerta que não deve ser ignorado pelos gestores municipais e também pela população.
Para o especialista, é preciso ter muita cautela. “Ainda é cedo para relaxar nas medidas de prevenção não farmacológicas, como o uso de máscara, do álcool 70, e no distanciamento social. É importante a população colocar na mente que o vírus ainda está entre nós. O que ocorreu é que a taxa de transmissão diminuiu”, explicou.
O médico também observou que o relaxamento na prevenção pode trazer resultados negativos ainda neste primeiro semestre do ano. “Se nós continuarmos nas aglomerações sem essas medidas vamos ter consequências entre 45, 60 a 90 dias”, advertiu.
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