Uma maquete muito realista do local foi construída pelos acadêmicos do 5º período de Pedagogia durante o trabalho
A turma do 5º período do curso de Pedagogia do Campus Floresta, da Universidade Federal do Acre (UFAC), realizou nesta quinta-feira (04), a apresentação de um trabalho sobre o Igarapé Boulevard, utilizando uma maquete realista, construída pelos próprios acadêmicos, como recurso didático na aula simulada. A atividade foi desenvolvida no ensino de Geografia, tendo como conteúdo paisagem natural e modificada, o que possibilitou a análise do antes e depois do igarapé e as transformações provocadas pela ação humana.

A proposta da apresentação da turma foi de utilizar o Igarapé Boulevard Thaumaturgo que no contexto escolar é essencial, pois está ligada à realidade dos alunos do Vale do Juruá. “Quando o professor traz para a sala de aula situações próximas do cotidiano do estudante a aprendizagem se torna mais significativa e colaborativa. Acredito também que este trabalho mostra o abandono do local pelos órgaos públicos”, destacou Sarah Lopes.
Sarah enfatiza ainda que atualmente o espaço do Igarapé Boulevard Thaumaturgo está totalmente degradado, destruído e repleto de lixo acumulado pela própria população. “Ao trabalhar o igarapé em sala de aula é possível refletir sobre a importância da preservação e imaginar como ele estaria agora se tivesse sido melhor cuidado e não esquecido”, ressalta a acadêmica que durante o trabalho da pesquisa, junto com os demais colegas, fez visitas in loco no estudo baseado na realidade do local.
A acadêmica Jocilene Nascimento avalia que com a aula simulada sobre o Igarapé Boulevard a turma procurou mostrar como a ação humana modifica a paisagem ao longo do tempo e quais são as consequências dessas mudanças ao lembrar que o igarapé já foi fonte de vida e de uso cotidiano pela comunidade, mas que atualmente se encontra em situação de poluição e descuido, refletindo um problema que vai além do local essa forma como a comunidade trata os recursos naturais.
“A atividade com a maquete permitiu aos acadêmicos visualizar de forma prática essas transformações e, principalmente, despertar uma consciência crítica sobre a necessidade de preservação do nosso patrimônio natural e histórico”, afirmou Jocilene.
Maquete muito realista construída marcou o estudo realizado pelos acadêmicos
A acadêmica Melissa Pereira avaliou que ao estudar in loco o Igarapé Boulevard Thaumaturgo os estudantes perceberam o quanto ele representa para a nossa comunidade por ser um espaço cheio de histórias, significados e possibilidades, mas que infelizmente ainda é pouco valorizado e explorado pela população.
“Muitas vezes, sua riqueza cultural e social passa despercebida pela população e gestores municipais e assim parte de sua memória vai se perdendo com o tempo. Isso acaba dificultando a busca por informações e provoca um certo distanciamento entre a comunidade e um lugar que deveria ser de pertencimento e identidade. O que é tão próximo e presente em nosso cotidiano, por falta de reconhecimento e cuidado, acaba parecendo distante e até invisível”, disse.