Cruzeiro do Sul, Acre, 11 de outubro de 2024 15:44

Agosto Verde traz alerta de prevenção à Leishmaniose uma zoonose que pode acometer animais e seres humanos

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Também conhecida como calazar, doença não tem cura e afeta animais e humanos

Para quem convive com cães, é bem provável que já tenha se entristecido com casos de morte por leishmaniose visceral canina. A enfermidade, popularmente conhecida como Calazar, é um tipo de zoonose que pode acometer animais e seres humanos. A contaminação ocorre por meio da picada do mosquito-palha, inseto predominante em regiões quentes e úmidas, proveniente da família das moscas, porém pequeno como uma pulga.

O médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Odilon Soares, explica mais sobre a transmissão. “Ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasito a pessoas e animais sadios”, pontua.

Após serem picados por uma fêmea infectada, os cães se tornam um reservatório do protozoário Leishmania. O mesmo pode acontecer quando o inseto, vetor da leishmaniose, picar um ser humano.

Não há cura para a doença, portanto, as formas de prevenção envolvem distanciamento de áreas com maior incidência dos mosquitos transmissores, geralmente ambientes rurais, uso de roupas com mangas e repelentes, orienta o professor da Anhanguera.

De modo geral, segundo o médico veterinário, é importante observar os pets caso eles apresentem o seguinte conjunto de sintomas:

  • Enfraquecimento do pelo;
  • Ferida no focinho, orelhas e região dos olhos;
  • Apatia;
  • Crescimento anormal das unhas;
  • Perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Paralisia dos membros.

O diagnóstico da leishmaniose ocorre de duas maneiras. A mais comum é pela sorologia — procurando a reação do organismo à presença do agente e a segunda, também eficaz, é a citologia, que rastreia o próprio parasita.

“Há tratamento, com a melhora dos sinais clínicos, mas não existe uma cura, isto é, um jeito de eliminar totalmente o parasita do organismo. É necessário cuidar dos problemas pontuais do cão infectado, como as feridas de pele e perda de peso que surgem com o avanço da enfermidade. O tratamento com remédios para a doença pode levar até a uma cura espontânea da doença”, pontua.