Como engenheira e entusiasta da tecnologia, testemunho de perto o impacto que a inteligência artificial (IA) está tendo na forma como diagnosticamos doenças e tratamos pacientes. Acredito que essa tecnologia terá um papel cada vez mais importante na transformação da medicina e na prestação de cuidados de saúde.
Nesta nova era da medicina, os benefícios prometidos pela IA são significativos tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde e sistemas de saúde em todo o mundo. Uma das maiores vantagens que pontuo é a capacidade da IA de analisar grandes volumes de dados e identificar padrões que podem escapar à percepção humana. Destaco também a importância dessa capacidade na antecipação de diagnósticos, citando o exemplo dos oncologistas, que podem realizar análises preliminares e diagnósticos precoces, permitindo tratamentos mais rápidos.
Desde a detecção precoce do câncer até a análise de imagens médicas, a IA está se tornando uma ferramenta indispensável para médicos e especialistas. Vale reforçar que todos os laudos emitidos com base em IA serão validados por radiologistas ou médicos.
Medicina personalizada
Outro avanço significativo proporcionado pela IA é a medicina personalizada. Os tratamentos médicos estão se tornando cada vez mais adaptados às necessidades individuais dos pacientes, proporcionando consultas mais ágeis e produtivas, direcionadas especificamente para o diagnóstico e tratamento.
Melhoria na logística
Além disso, a inteligência artificial está ajudando a otimizar os processos de logística nos sistemas de saúde. Sistemas de IA podem auxiliar na gestão de recursos, tornando os cuidados de saúde mais eficientes. Por exemplo, a logística de vacinas, onde a aplicação da blockchain tem facilitado o controle e confiabilidade, otimizando as cadeias de distribuição para garantir medicamentos em quantidade suficiente para as unidades de saúde que mais necessitam.
À medida que a IA continua a evoluir, sua integração na área da saúde só se aprofundará, inaugurando uma nova era de inovação médica e cuidado com o paciente.
*Por Cristiane Pimentel, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e professora da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
