Cruzeiro do Sul, Acre, 2 de julho de 2025 21:57

Artigo – “Só quem sabe a dor de um povo é que pode propor mudanças: todo patrimônio tem a hipoteca social”

dordosoutros900

A exclusão social é a maior violência que existe. Isso é uma teoria de Karl Max, pai do materialismo histórico. Quando ele disse que o universo é matéria e movimento (1888). Penso que não se deve ter medo de ser ignorante se procurar multiplicar esses momentos de ignorância porque o que interessa é justamente a passagem da ignorância absoluta para a descoberta de algo novo. Considero que o verdadeiro perigo está em nos tornarmos competentes.

“Só quem sabe a dor de um povo é que pode propor mudanças. O tempo passa, não percebemos a sutileza desse evento. A mutabilidade e a transformação dos fatos envelhecem. A história ela é cíclica e envelhece por essa razão. E por essa razão os historiadores não suportam por ser uma ciência envelhecida”.

“Os homens vivem suas experiências integralmente como ideias, necessidades, aspirações, emoções, sentimentos, razão, desejos como sujeitos sociais que improvisam, forjam saídas, resistindo, se submetendo, vivendo, enfim, numa relação contraditória o que nos faz considerar essa experiência como experiência de luta política submetida ao processo de mobilidade social”.

“O passado ninguém muda, todo instante construímos o passado a revelia do tempo a nostalgia”

O conceito da violência muda de sociedade para sociedade: o que são atos violentos numa sociedade? A resposta não parece muito fácil. O conceito de violência muda de grupos para grupos, de sujeitos sociais para sujeitos sociais. O que parece ser violento para você pode não ser para outras pessoas. Depende muito do valor moral de cada um, de como cada grupo compreende a sua cultura.

Max dizia: “Todo patrimônio tem a hipoteca social”. Um político corrupto ou um governante irresponsável pode não considerar como violência suas práticas de desviar para suas contas pessoais o dinheiro público, vindo dos impostos que pagamos. Do ponto de vista ético e moral roubar o erário público é um ato de violência contra a população que espera do governo e dos políticos ações para melhorar sua condição de vida.

 

Migrantes e Imigrantes no Acre

“0 Homem que apanha duas vezes no mesmo beco é um sem vergonha. Quem vomita é como se fosse de novo cachorro”.

“Muito se tem dito que o Acre é o fim do mundo, porém, podemos acreditar que o Acre pode representar também o começo do mundo. Depende do ponto de vista de quem vê a cultura acreana de muitas nacionalidades que procuraram o Acre para recomeçar suas vidas. Pode ser sempre o começo de muitas experiências.

Brasileiros como nordestinos, sulistas e de outros Estados também ocuparam o Acre, parece que a região acreana tenha sido obra e invenção de toda essa gente.

*Francisco Assis Jucá é Filósofo, Pedagogo e Bacharel em Ciências Contábeis