Cruzeiro do Sul, Acre, 19 de fevereiro de 2025 10:08

7º Salão Hélio Melo de Artes Visuais da AAPA tem participação de fotógrafo e pintor cruzeirense

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A Associação dos Artistas Plásticos do Acre (AAPA), através do Governo Federal, Governo do Estado do Acre e Fundação Estadual de Comunicação e Cultura Elias Mansour (FEM), por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, realiza uma mostra no período de 26 de janeiro a 26 de abril de 2021, em Rio Branco – Acre.

As obras estão sendo apresentadas nas categorias Bidimensionais (pintura em telas, desenhos, gravuras, aquarelas, impressões e fotografias) não poderão ultrapassar a 100x120cm (um metro por um metro e vinte).

Tridimensionais (esculturas, objetos e instalações) o tamanho máximo não pode ultrapassar 150x150x150cm (1,5m de altura, 1,5m de largura e 1,5m de profundidade);

Cada artista pode se inscrever com até 02 (duas) obras em cada uma das duas categorias.

A seleção foi realizada no período de 27 de fevereiro a 02 de março de 2021, por uma comissão de seleção convidada pela AAPA.

Dentre os 78 Artistas participantes do salão dois artistas de Cruzeiro do Sul tiveram obras reconhecidas e premiadas no prêmio principal.

Fotógrafo Tiago Araújo Da Silva, 35 anos de idade, natural de Rio Branco Acre, reside a 05 (cinco) anos em Cruzeiro do Sul.

Com a Fotografia: índios tom de pele Índios Albinos

Desenhista e Fotografo João Paulo Sampaio, 25 anos de idade, natural de Cruzeiro do Sul.

Com a obra: Esperança desenho a lápis

Tiago Araújo Da Silva está nos últimos 06 anos residindo em Cruzeiro do Sul.

Eu sempre fui apaixonado por fotografia desde pequeno, depois de alguns anos trabalhando como vendedor externo, e praticando  fotografia por hobby, comecei a fotografar profissionalmente, trabalhando com fotografia de formaturas, aniversários e eventos em geral.

Ser premiado no sétimo Salão Hélio Melo foi uma emocionante experiência e gratificante, e um  reconhecimento de anos de muito trabalho  e dedicação a fotografia, ser está entre os premiados nos incentiva a continuar, mesmo com as e pouca atenção do poder publico quanto a Arte, cultura e lazer.

Não poderia deixar de parabenizar a Associação dos Artistas Plásticos do Acre (AAPA) na pessoa do presidente Glicério Gomes e a toda equipe pelo esplendido evento realizado.

Instagran: @tiagoaraujo3010

João Paulo viveu parte da infância em Porto Walter e os últimos 10 anos reside em Cruzeiro do Sul.

Eu desenho desde criança, mas comecei a desenvolver melhor as técnicas somente após o ensino médio, a renda dos desenhos ajudava a manter a faculdade de biologia, e após formado trabalhei por algum tempo exclusivamente com desenhos realistas, fazendo encomendas para muitos estados do Brasil e para alguns outros países, depois de algum tempo comecei os estudos sobre fotografia, hoje divido meu tempo em trabalhos como fotógrafo, fazendo ensaios e também aos desenhos realistas, que sempre será uma paixão. Ter um desenho premiado no sétimo Salão Hélio Melo foi uma felicidade muito grande, isso faz parte do reconhecimento de anos de muito estudo e dedicação a arte, está entre os premiados também nos da uma carga de responsabilidade, de ter sido escolhido entre tantas obras maravilhosas que estavam concorrendo no projeto.

Instagran: @jpsampaio_fotografias

As obras selecionadas foram julgadas por um corpo de 3 (três) jurados escolhido pela AAPA no período de 02 a 05 de abril de 2021.

O resultado da premiação foi divulgado no momento da abertura da exposição do Salão que ocorrida dia 12de abril de 2021.

O 7º Salão Hélio de Artes Visuais distribuiu 22 (vinte e dois) Prêmios, nas seguintes ordens e valores: categorias Bidimensional e Tridimensional 16 (dezesseis) prêmios no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), e 06 (seis) Menção Honrosa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).

Regulamento:  https://artistasplasticosac.blogspot.com/p/6-salao-helio-melo.html

Hélio Holanda Melo (Vila Antimari, Boca do Acre20 de julho de 1926 — Goiânia22 de março de 2001) foi um artista plásticocompositormúsico e escritor brasileiro, nascido no Estado do Amazonas. Foi também seringueiro, no seringal Senapólis, catraieiro, na travessia de pessoas entre as margens do rio Acrebarbeiro e vigia de empresa estatal.

Melo cursou até a terceira série do 1ª grau e, aos oito anos de idade, já desenhava, como pintor autodidata, utilizando o nanquim e tintas naturais que preparava a partir do sumo que extraía de plantas.

Em sua homenagem, o governo do Acre criou um espaço cultural – o Theatro Hélio Melo – com capacidade de 150 lugares.

A obra de Hélio Melo está presente no acervo do MAR (Museu de Arte do Rio) através de quatro importantes desenhos doados por Luiz Paulo Montenegro em 2013. Esses desenhos participaram da exposição Pororoca nesse museu carioca em 2014. O catálogo Pororoca, editado pelo MAR, inclui o artigo “Arte de Ciclos da Borracha: seringueiros artistas” de Paulo Herkenhoff, em que, pela primeira vez, é analisada conjuntamente a obra de três artistas visuais da região amazônica: o imaginário e o simbolismo do serigueiro desenhado por Helio Melo, os delírios dos animais imaginários da selva de Chico da Silva e as memórias da batalha pelo látex durante a Segunda Guerra Mundial por Paulo Sampaio, o pintor soldado da borracha. Cada um deles construiu sua própria linguagem de modo singular. Herkenhoff analisa a deriva de Hélio Mello nos percalços do desenvolvimentismo brasileiro. Este autor afirma que Hélio Melo, “por seu aprendizado com a natureza e com os índios, criou uma agenda de interpretação da vida cotidiana e de um imaginário que mobilizava a dimensão simbólica dos conflitos sociais e ecológicos de seu ambiente.”

Viveu sua infancia e juventude nos seringais Floresta e Senápolis, deixa o seringal aos 33 anos de idade, para conhecer novos mundos, já despontava autodidaticamente pequenos desenhos e rabiscos. Com a morte da mãe vai para a cidade de Rio Branco, inicia seus primeiros contatos com as artes e objetos de desenho. Como todo o seringueiro a sobrevivência era essencial, passou a trabalhar como catraieiro fazendo a travessia de pessoas no Rio Acre, com a chegada das pontes sobre Rio Acre deixou a atividade, iniciando o trabalho de barbeiro ambulante. No ano de 1975 começa a trabalhar como vigia. Em 1978 é incentivado por Genésio Fernandes e Gregório Filho então Presidente da Fundação de Cultura do Acre a produzir mais desenhos para expor na Biblioteca Pública, daí começa a surgir o artista Hélio Melo [1]