Cruzeiro do Sul, Acre, 7 de outubro de 2024 22:49

Bancadas federal e estadual do Acre pedem retomada de voos e redução do preço das passagens aéreas a companhias

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Dívidas causadas pela pandemia e dólar são apontados como principais vilões da alta dos preços.

Sob a coordenação do Senador Alan Rick, as Bancadas Federal e Estadual do Acre se reuniram, nesta quarta-feira, 22, no Senado Federal, com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e representantes da Gol e Latam.

“Requeremos as empresas que retomem os voos diurnos e que reduzam os preços para a nossa região que sofre com os preços altíssimos das passagens aéreas”, explicou Alan Rick.

Conforme o Presidente da ABEAR, Eduardo Sanovickz, a maior parte dos custos está atrelada ao dólar, especialmente no que diz respeito ao querosene de aviação, que, apesar de utilizar 95% de combustível produzido no Brasil, o valor do litro varia conforme o câmbio da moeda americana.

“Nós estamos articulando, junto aos Ministérios da Fazenda e do Turismo, para que possamos alterar essa política de precificação atrelada ao dólar”, adiantou o Coordenador da Bancada Federal.

As despesas das companhias com leasing das aeronaves, que também são em dólar, e a folha de pagamento foram os outros itens citados pela Gerente de Assuntos Regulatórios da Latam, Tatiana Viana, como os que pesam no preço das passagens.

A variação do preço das passagens para um mesmo voo também foi criticada pelo parlamentares. Segundo Alberto Fajerman, Assessor Especial da Presidência da Gol, as companhias estão empenhadas em resolver o problema da alta dos preços. “Mas sempre haverá passagens mais caras, que são compradas mais perto da decolagem, e passagens mais baratas, compradas por quem pode se programar.”

Quanto à retomada dos voos a Gerente da Latam disse que o assunto será encaminhado ao setor responsável pelas rotas. O prazo estimado é de 90 dias. “Pedimos que vocês analisem essa questão e reduzam o tempo de resposta, para que o voo diurno seja retomado o quanto antes”, pediu Alan Rick.

Os prejuízos acumulados durante a pandemia, quando a maior parte das aeronaves ficou parada, em razão do isolamento, também pesam no bolso das companhias aéreas. Conforme Sanovickz, o Brasil foi um dos poucos países que não ofereceu subsídios para as empresas se recuperarem.

“Todos os setores sofreram e essa conta é de todos. No que tange ao Congresso, eu tenho certeza que vamos buscar caminhos para que possamos ajudar, porque são empresas que, se deixarem de voar, prejudicam todo mundo”, disse Alan Rick.

Participaram da reunião os Deputados Federais Socorro Neri, Vice-coordenadora da Bancada Federal; Antônia Lúcia; Zezinho Barbary; Roberto Duarte; Meire Serafim; Eduardo Veloso; e Coronel Ulysses. E os Estaduais Luiz Gonzaga, Presidente da Aleac; Tadeu Hassen; Gene Diniz; e Clodoaldo Rodrigues.