Comitiva do banco está em Brasília pela terceira vez; verba bilionária focada em investimentos seria alívio ao caixa da estatal
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics, tem avançado na análise para aprovar um financiamento de R$ 3,8 bilhões aos Correios, que esperam um alívio no caixa. Uma comitiva do banco, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, está em Brasília pela terceira vez para detalhar o acordo, que prevê investimentos em modernização energética e deve ser liberado nos próximos meses.
Os representantes do banco ficam na capital federal até a sexta-feira, 30. Nas reuniões com os Correios, o grupo apura o compromisso da estatal em cumprir o investimento bilionário negociado para os próximos anos.
Batizado de “plano de modernização e transformação ecológica”, o financiamento de R$ 3,8 bilhões, a ser devolvido pelos Correios a longo prazo, inclui investimento em energias renováveis, redução de resíduos sólidos e construção de centros de operação sustentáveis.

Financiamento é esperança para reverter prejuízo no caixa
No início do mês, os Correios informaram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano passado. Desde então, a estatal acertou com a equipe econômica que cortará R$ 1,5 bilhão de despesas até o fim deste ano. Entre as medidas estão o incentivo à redução de jornada, suspensão de férias e um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que foi prorrogado até 28 de julho.
Se concretizado, o financiamento de R$ 3,8 bilhões do Banco do Brics vai aliviar o caixa da estatal, uma vez que a empresa poderá aumentar o investimento e redirecionar dinheiro separado inicialmente para esse fim.