Fuzileiros da 2ª Companhia do 61º Batalhão de Infantaria de Selva (61º BIS), do ano de 1995, fizeram alvorada cedo da manhã deste sábado (18), no início do trabalho de construção da casa do combatente 424, soldado Suzano. Suzano mora no bairro do Remanso e na confraternização amigos de farda descobriram que ele passava dificuldades e precisava de apoio.
O ex-vereador Romário Tavares, um dos líderes do grupo de whatsapp da turma, criado por ideia do combatente James Kapuxu, que mora em Manaus e iniciou a formação de grupo nas redes sociais lembra que depois do grupo conversaram sobre realizar uma confraternização que já teve sua segunda edição com muito sucesso e alegria numa grande reunião das famílias.
Suzano Foi surpreendido pela visita dos amigos da turma do 61º BIS que encontraram sua casa. João Uchôa começou a procurar pelo colega e seguindo informações localizou a casa e junto com o vereador Romário Tavares fizeram o primeiro contato. Em seguida um grupo fez uma visita num momento de muita emoção.
“Estou muito feliz pela iniciativa da nossa turma de combatentes, pessoas muito boas, lembrava da maioria deles, mas nunca me apresentei para pedir nada dos colegas”, disse Suzano que se emocionou com a chegada da turma em sua casa que estava muito estragada e foi derrubada no sábado passado num dia de muito trabalho e alegria.

Neste sábado cedo a turma do rancho entrou em ação e com o material encostado mais de 30 fuzileiros da turma iniciaram a cavar o alicerce da casa de Suzano e por volta das 9:00 horas da manhã foi sentado o primeiro tijolo pelo combatente Mano pedreiro oficial da turma que comemoraram o início de mais uma etapa do compromisso.
“Estamos agora iniciando, graças a Deus, mais uma etapa do nosso compromisso de apoiar nosso colega de turma que foi presenteado com uma casa nova pelos fuzileiros”, disse Romário.
Suzano conta que atualmente trabalhava na diária de R$ 10,00. “Sou sozinho, perdi meu pai e a minha tia que morava comigo, agora não bebo mais bebida alcoólica e na dificuldade me apeguei com Deus. Vi muitos colegas caírem em vícios, mas com fé em Deus não entrei. Passei um ano no 61º BIS e saí na primeira baixa e estou morando aqui nesse lugar há 27 anos”, lembra.
Depois de dar baixa Suzano começou a trabalhar como diarista e morar na casa que foi derrubada agora. “Estava muito ruim a minha casa e não acreditei quando esses amigos chegaram. É a mão de Deus mais uma vez na minha vida. Como eu estava cabeludo pouco gente me conhecia, mas eles descobriram onde eu morava”, disse Suzano emocionado.

Neste sábado a meta dos fuzileiros é construir todo o alicerce da casa de Suzano e no próximo sábado o trabalho continua.
