Em um movimento para fortalecer a cafeicultura local, o prefeito de Mâncio Lima, Zé Luiz, reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 5, com lideranças da Cooperativa dos Cafeicultores de Mâncio Lima (COOPERCAFE). O encontro, que contou com a presença do presidente da cooperativa, Jonas Lima, da vereadora Alana Souza e da Diretora Financeira, Katrine Vieira, teve como foco discutir o apoio mútuo e o futuro promissor do café Robusta Amazônico na região.
O café não é apenas uma paixão global – sendo frequentemente citado como a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água – mas também uma força econômica vital. No cenário atual, os preços do café Robusta (Conilon), variedade cultivada com sucesso em Mâncio Lima, têm mostrado força nos mercados. Consultando índices recentes, o preço atual da saca de café robusta no mercado brasileiro, de acordo com o indicador Cepea/Esalq, está em torno de R$ 1.490.
No entanto, a cotação pode variar dependendo da região e do tipo de café. Essa valorização destaca a importância estratégica do investimento na produção local.
Coopercafé: Crescimento e Impacto Expressivo
Fundada em 2021, a Coopercafé já é um pilar para a economia agrícola de Mâncio Lima. Com 182 produtores associados, a cooperativa demonstra uma capacidade produtiva notável, beneficiando cerca de 90 sacas por hora. O otimismo é refletido na projeção de faturamento bruto de R$ 90 milhões para a safra 2024/2025, proveniente de uma área cultivada com aproximadamente cinco milhões de pés de café Robusta Amazônico.
Segundo o presidente Jonas Lima, a colaboração com a gestão municipal tem sido fundamental. A cooperativa recebeu recentemente um trator cedido pela prefeitura, um investimento direto no aumento da eficiência dos cafeicultores.
“Este apoio é crucial para melhorar a terra, preparar novas áreas e, consequentemente, ampliar nossa produção”, destacou Lima. Um aspecto relevante é que o cultivo no município prioriza a utilização de áreas de pastagens ou degradadas, contribuindo para a recuperação ambiental e o uso sustentável do solo.
O prefeito Zé Luiz enfatizou o papel revitalizador do café para Mâncio Lima. “Nosso município tem se destacado em todo o Acre como um dos maiores produtores de café. Estamos dando continuidade a retomada desta atividade que, no passado, foi um dos motores da nossa economia”, afirmou.
Mais do que números, o sucesso da Coopercafé e o apoio municipal se traduzem em melhora na qualidade de vida para as 182 famílias cooperadas e diretamente envolvidas na produção. A geração de renda a partir do café fortalece a economia local, cria oportunidades e resgata o orgulho de uma cultura produtiva historicamente significativa para Mâncio Lima.
O Município, por meio da Secretaria Municipal de Produção, vem buscando investimento contínuo e a parceria entre poder público e Governo Estadual para os produtores afim de consolidar Mâncio Lima como referência na produção de café Robusta de qualidade na Amazônia.
Nos últimos oito anos, a Prefeitura investiu mais de R$ 17 milhões desde as aquisição de maquinários, compra de mudas, insumos e melhorias nos ramais para o escoamento da produção.
A cidade foi contemplada pelo Governo Federal com o Complexo Industrial do Café. Estão sendo testados para a inauguração, prevista para maio, todos os equipamentos do Complexo. A ação coincide com a safra do café dos produtores locais, que já está sendo industrializado no local, nesta fase de testagem, por especialistas da fabricante das máquinas.
No local é feita a secagem, beneficiamento e rebeneficiamento dos grãos. O processo que antes levava até 15 dias, feito de forma artesanal, no quintal da casa dos agricultores, é feito agora nas máquinas. Em 36 horas, o agricultor já tem café no ponto de venda.
