Um caminhão carregado com mais de 50 pessoas e mais outros dois que transportavam pessoas e mercadorias para a comunidade do Gama, no município do Guajará (AM), atolaram num trecho localizado cinco quilômetros depois da entrada do ramal e não tiveram nenhum apoio da prefeitura que na avaliação dos caminhoneiros deveria disponibilizar máquinas para ajudar nos trechos dos atoleiros.
Os caminhões ficaram atolados por mais de quatro horas num buraco e um deles, que tem mais de um metro e meio da carroceria para o chão, a lama ficou entrando dentro da carroceria. O buraco está localizado perto da fazenda do Birita e os caminhoneiros não tem nenhum suporte da prefeitura para ajudar com uma máquina para garantir a ultrapassagem dos buracos em poucos trechos que prejudicam o tráfego pelo ramal.
Um dos caminhoneiros reclama do descaso ao ressaltar que os gestores do município sabem da situação que se encontra a estrada do Gama, que em alguns trechos parece mais um ramal pelas péssimas condições e não disponibilizam uma máquina para trabalhar os trechos e ajudar para desatolar os caminhões quando atolam sendo necessário apoio de empresários para conseguirem desatolar e seguir viagem.
“Apesar da rodovia ser estadual a prefeitura tem que se sensibilizar e garantir apoio as pessoas e aos caminhoneiros que fazem o transporte de passageiros e mercadorias para a comunidade. É um descaso, não tem nenhum tipo de apoio da prefeitura” reclama um dono de caminhonete que trafega pelo trecho diariamente e sofre com a situação da estrada em cuja construção já foram gastos mais de R$ 20 milhões.
A assessoria da prefeitura de Guajará informa que a gestão está ciente do problema e já entrou em contato com o governador do Amazonas para viabilizar os recursos para a continuidade da obra do Ramal do Gama que está em construção há muito tempo e a prefeitura não pode fazer intervenção, mas há uma parceria e o prefeito está na busca da liberação dos recursos para asfaltamento total da via.
A situação no local do atoleiro é crítica e complica ainda mais porque o dono da fazenda no local não autoriza fazer um desvio ou um bueiro para escoar a água da chuva, ressalta o proprietário da caminhonete ao lamentar o estado precário do ramal que resulta em prejuízos com a manutenção dos veículos. “O que precisa mesmo é colocar um bueiro, lá perto, antes da ponte do badejo tem um bueiro abandonado que se fosse colocado melhoraria a situação e ainda falar com o dono da fazenda que ele não pode impedir de fazer o trabalho.
“Essa é a solução mais viável, como a prefeitura não quer mandar máquinas para fazer o trabalho de melhoria do ramal deveria pelo menos mandar pessoas para conversar com o fazendeiro para fazer o trabalho. Conseguimos com um empresário uma retroescavadeira que fez um serviço, mas do jeito que está nem a caminhonete do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) consegue passar. Se a caminhonete entrar o paciente vai se afogar na lama”, alerta.
“Acredito que com a estiagem e o início do verão a prefeitura vai colocar uma máquina para corrigir o atoleiro. Já estamos viabilizando”, disse o assessor da prefeitura. Enquanto o verão nao chega a população da comunidade do Gama que precisa ter seu direito de ir e vir garantido sofre com as consequências do descaso do poder público estadual e municipal.
