A Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de Cruzeiro do Sul (Coopsul), tem no seu quadro 21 colaboradores que ajudam na coleta e separação de resíduos tanto de residências quanto do comércio, de onde vem a maior quantidade.
“Somos uma empresa privada, mas apesar disso não visamos o lucro, mas sim uma fonte de vida e bem-estar”, destaca o diretor financeiro da Coopsul, Eutimar Sombra, ao ressaltar que o objetivo é garantir aos colaboradores melhores condições vida.
Recentemente a Coopsul enviou para São Paulo em duas carretas cerca de 34 toneladas de papelão e papel branco – recolhidos e recebidos de doação de empresas e escolas que foram separados para fazer a logística reversa e remetidos à indústria para se tornar papel reciclado.
“Esse material geraria impacto ambiental no lixão, matéria prima que se transformava em lixo, hoje se transforma em fonte de vinda e renda”, destaca o diretor ao informar que também foram enviados para reutilização em São Paulo 12 toneladas de ferro e peças de metal retirados na sua maioria do lixão.
“Enviamos esse material em duas carretas. Em São Paulo serão reutilizados na volta a indústria tirando o impacto ambiental que seria gerado pela grande quantidade de lixo”, ressalta.
Trabalhando a todo vapor.
A Coopsul adquiriu outra máquina para enfardamento de papel e papelão para prensar e comprimir o material a ser enviado à indústria que vai substituir a máquina antiga que estava um pouco danificada. “A nova máquina tem um maior poder de prensagem, apesar de ser menor e com isso vamos melhorar a divisão do material reciclável”, informa o diretor.
Um dos problemas encontrados na cooperativa é com referência a logística de parceiros para fazer o transporte do material de volta a indústria. “Estamos no Acre, tudo é muito distante e fica complicado, mas aos poucos estamos conseguindo parcerias com caminhoneiros independentes para agilizar mais o transporte do material”, disse Sombra.
Planos da cooperativa
A Coopsul tem outros planos como a questão da arborização da cidade, com o intuito de se ter uma cidade mais limpa e com belezas naturais.
Há também a idealização de um projeto futuro onde o Técnico de Informática, Johnes Sombra, que atualmente trabalha na cooperativa, tem como objetivo conseguir 20 máquinas vindas de reciclagem ou mesmo de doações para dar início em um projeto onde visa oferecer um curso de Informática Básica e Introdução ao mundo digital a pessoas de baixa renda, como um projeto social realizado pela cooperativa.
“Eu pretendo conseguir ao menos 20 máquinas para dar início ao projeto, ainda estou procurando um local onde eu possa ter a disponibilidade de dar aulas à essas pessoas que muitas vezes nunca tiveram contato com um mundo da internet mas que hoje em dia é algo preciso. Eu penso em um futuro melhor para estas famílias”, enfatiza.
