Em discurso de abertura, Lula afirmou que COP30 em Belém é uma “proeza” e que é necessário “impor uma nova derrota aos negacionistas”
Veja a íntegra da abertura aqui:
“Parabéns por darem a todos nós essa lição de civilidade, essa lição, diria, de grandeza humana, provando que se os homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para a gente acabar com o problema climático, do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram no ano passado”, declarou Lula.
O presidente também afirmou que realizar a COP na Amazônia foi uma “proeza”.
“Eu quero agradecer à minha equipe da Casa Civil, representada pelo Rui Costa, e ao governador Helder Barabalho, pela realização dessa proeza de fazer a COP no coração da Amazônia, no estado do Pará, e na cidade de Belém”, disse. “Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto a gente acabar com a poluição do planeta Terra”, continuou.
O petista abriu o discurso dizendo que “a mudança do clima é uma tragédia do presente”, citando a passagem recente de tufões e furacões no Paraná, Caribe e Filipinas.
“A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro, mas uma tragédia do presente. O furacão Melissa, que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o estado do Paraná, no sul do Brasil, deixaram vítimas fatais, deixando um rastro de destruições. Das secas e enchentes na África e Europa, às enchentes da América do Sul e Sudeste Asiático, o aumento da temperatura global espalha dor e sofrimento, especialmente entre as populações mais vulneráveis”, destacou Lula.
O titular do Planalto também teceu críticas aos negacionistas climáticos e ponderou é preciso impor uma “nova derrota” a eles.
“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, condenou.
De acordo com Lula, o mundo anda “na direção certa” para combater o aquecimento global, mas “na velocidade errada”. “No ritmo atual, ainda avançamos rumo a um aumento superior a um grau e meio na temperatura global. Romper essa barreira é um risco que não podemos correr”, completou.
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