A maioria dos óbitos ocorreu em pessoas acima de 60 anos, sendo 31 do sexo masculino e 32 do sexo feminino. Entre as vítimas, 68,3% tinham comorbidades
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) registrou mais duas mortes por Covid-19 na última semana epidemiológica de 2025, a de número 6. O boletim foi divulgado nesta segunda-feira (24).
Até a 5ª semana epidemiológica, haviam sido registradas 15 mortes pela doença. O número subiu para 17.
Do total, dois óbitos ocorreram na SE 01, quatro na SE 02, sete na SE 03, dois na SE 04 e dois na SE 06. Desses, cinco foram no município de Rio Branco, dois em Feijó, três em Tarauacá, um em Assis Brasil, três em Cruzeiro do Sul, um em Marechal Thaumaturgo, um em Xapuri e um em Capixaba.
A maioria dos óbitos ocorreu em pessoas acima de 60 anos, sendo 31 do sexo masculino e 32 do sexo feminino. Entre as vítimas, 68,3% tinham comorbidades.
Em 2025, já foram registrados 3.013 casos confirmados da doença. “A incidência da Covid-19 encontra-se em 336,8 casos a cada 100 mil habitantes, com a maior incidência sendo observada no município de Acrelândia (1.045,8/100 mil)”, diz o boletim.
Neste ano, a maior proporção dos casos positivos é de pessoas pardas (68,5%), seguidas por amarelas (13,0%), brancas (11,6%), pretas (2,3%) e indígenas (0,3%).
Vítimas fatais da Covid-19 em 2025 não tinham esquema vacinal completo, diz secretário
Diante do aumento de casos de Covid-19 e de óbitos relacionados à doença nas primeiras semanas de 2025, o secretário de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Pedro Pascoal, conversou com o ContilNet sobre os dados divulgados no último boletim epidemiológico, na semana passada.

Vacinação é a forma mais eficaz de combater a covid-19 — Foto: Mariana Ferreira/Governo do Tocantins
Pedro Pascoal destacou a importância da vacinação como principal arma contra o vírus e esclareceu que as vítimas fatais não haviam completado o esquema vacinal. Ele ressaltou que as mortes não ocorreram diretamente por causa da Covid-19, mas em consequência das complicações associadas.
“É fundamental reforçar o quanto a vacina tem nos ajudado a salvar vidas ao longo desses anos. As 12 vítimas não estavam com o esquema vacinal completo e não morreram de Covid-19, mas com Covid-19”, afirmou o secretário.
O gestor explicou que os pacientes apresentavam comorbidades e, devido à ausência de uma vacinação adequada, evoluíram para quadros mais graves da doença.
“São pacientes que já tinham comorbidades e, por não estarem com o esquema vacinal completo, acabaram desenvolvendo a forma mais severa da doença”, complementou.
Pedro ressaltou ainda que, apesar das mortes, a maioria dos casos registrados atualmente não evolui para gravidade, e os leitos hospitalares, incluindo os de UTI, não estão superlotados.
“A maior parte dos casos não evolui para quadros graves, e nossas UTIs não estão superlotadas. Esse é um ponto importante a ser destacado. Os leitos de terapia intensiva estão sendo ocupados, em sua maioria, por pessoas com outras condições clínicas, como politraumas causados por acidentes ou problemas graves de outra natureza”, concluiu o secretário.