Cruzeiro do Sul, Acre, 14 de maio de 2025 10:59

Dnit descarta ideia de instalar ponte metálica em trecho da BR-319 que desabou, diz governador do AM

Ponte sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro, na BR-319, no Amazonas. — Foto: William Tavares/Rede Amazônica.
Ponte sobre o Rio Curuçá e ponte Autaz Mirim, no Amazonas, desabaram  — Foto: Wiliam Duarte/Rede Amazônica

Ponte sobre o Rio Curuçá e ponte Autaz Mirim, no Amazonas, desabaram — Foto: Wiliam Duarte/Rede Amazônica

“A equipe já fez a batimetria e a sondagem, para que termine o projeto o mais rápido possível”, disse o Governo do Estado. Batimetria é a técnica utilizada para medir a profundidade do rio.

Novamente, o Amazonas continua sem prazo para a construção das novas pontes sobre os dois trechos da BR-319. Enquanto isso, cerca de 100 mil pessoas são afetadas nas regiões que dependem da conexão.

Em coletiva realizada na segunda-feira, o governador disse que há desabastecimento de alimento, remédio e combustíveis no estado. Também afirmou que há risco de as cidades ficarem sem energia elétrica.

O Governo do Amazonas decretou emergência em três cidades: Careiro da Várzea, Careiro – conhecido como Careiro Castanho – e Manaquiri.

Infográfico mostra área onde fica ponte Autaz Mirim, que desabou no dia 8 de outubro de 2022 no Amazonas -  — Foto: Arte g1

Infográfico mostra área onde fica ponte Autaz Mirim, que desabou no dia 8 de outubro de 2022 no Amazonas – — Foto: Arte g1

Desabamentos
As duas pontes desabaram em uma intervalo de menos de duas semanas. A ponte sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro, levando carros e pessoas para dentro do rio. O acidente deixou quatro mortos, 14 feridos e, pelo menos, um desaparecido.

Nos depois que sucederam a tragédia, o Corpo de Bombeiros retirou dez veículos de dentro do rio, incluindo um rolo compressor e uma carreta.

No no sábado (28), dez dias depois do primeiro acidente, a Ponte Autaz Mirim ruiu e também desabou. As duas pontes ficam a dois quilômetros de distância uma da outra. As estrutura caiu no início da noite, horas após ter sido interditada. Segundo o Governo do Amazonas, o acidente não deixou feridos.

Histórico de problemas

Criada durante a Ditadura Militar, a BR-319 surgiu com a proposta de integrar o Amazonas ao resto do país, mas sofre há décadas com falta de estrutura para tráfego. Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu asfaltá-la.

Passado mais de três anos e meio desde que o presidente assumiu o cargo, a promessa de asfaltamento da BR-319 ainda não saiu do papel.

Grande parte da rodovia segue imprópria para o trânsito de veículos em meio a impasses ambientais e burocráticos. São cerca de 900 quilômetros que separam Manaus de Porto Velho (RO), uma distância que poderia ser percorrida em 12 horas de carro. A recuperação da área está estimada em R$ 1,4 bilhão.