Cruzeiro do Sul, Acre, 17 de agosto de 2025 17:36

Eduardo pretende mostrar aos EUA impacto das sanções ao Brasil

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Deputado quer mostrar também como cada partido político e liderança no Congresso tem se posicionado sobre o 8/1

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo devem mapear nas reuniões que terão nesta quarta (13) e quinta-feira (14) com integrantes do governo dos Estados Unidos o ambiente no Supremo Tribunal Federal em relação às investigações contra os réus da trama golpista e os investigados pelo 8 de janeiro.

Ambos deverão abordar especificamente a posição de cada um dos ministros da corte sobre os casos.

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Também pretendem, segundo aliados de ambos, abordar a situação do Congresso Nacional em relação aos casos, especificando como cada partido político e liderança de bancada tem se posicionado sobre esses assuntos.

Eles devem se reunir com representantes do Departamento de Estado, do Departamento do Tesouro e assessores da Casa Branca.

Os relatos mostrarão quais foram as reações desses poderes após as três sanções (tarifaço, retirada de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky contra o Moraes).

O parlamentar e o jornalista querem levar ainda pesquisas de opinião para demonstrar como a opinião pública brasileira tem visto o assunto e a situação específica do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre desde a semana passada prisão domiciliar.

As pesquisas em mãos de ambos mostram que o apoio está aumentando. A dupla deve levar ainda relatos e imagens das manifestações bolsonaristas, o placar do impeachment de Moraes no Senado, segundo a oposição, que agora chegou a 41 assinaturas, configurando maioria no Senado.

Tudo isso para mostrar que, na versão deles, as sanções estão dando resultados e demonstrando ser ferramentas adequadas para evitar um endurecimento das decisões judiciais brasileiras.

Eduardo buscará por sua vez atualização sobre as investigações que estão sendo feitas pelo USTR (Escritório de Representação Comercial) no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio.

A ideia é também levar relatórios e dossiês que apontariam supostas violações que já ocorreram e que seguiriam em curso.

Além de mostrar que o problema seria generalizado e que, até agora, a Corte e o Senado não fizeram nada para conter o que os bolsonaristas consideram abusos e violações de Moraes.

Também haverá um detalhamento de casos considerados mais graves como a documentação completa sobre as circunstâncias que levaram à morte do Cleriston da Cunha (Clezão) após Moraes ignorar por mais de 80 dias o parecer da PGR de que era necessário libertá-lo condicionalmente para realizar tratamento médico. E o de Jucilene da Costa, uma senhora de 62 anos que teria sido agredida no presídio.

Além do estado de saúde do Daniel Silveira e a manutenção dele em regime fechado mesmo após a progressão da pena e o caso Filipe Martins, sobre o qual pretendem também apresentar um dossiê.