Cruzeiro do Sul, Acre, 18 de junho de 2025 19:10

Empresário que recebeu mais de R$ 2,5 milhões da Prefeitura de Coari, de Adail Pinheiro, é preso pela PF no Aeroporto de Brasília com R$ 1,2 milhão em dinheiro vivo

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A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (20), três empresários de Manaus, identificados como Cesar de Jesus Gloria Albuquerque, Erick Pinto Saraiva e Vagner Santos Moitinho. A prisão ocorreu no Aeroporto de Brasília após eles desembarcarem com malas contendo R$ 1,2 milhão em espécie.

Os suspeitos foram identificados durante inspeção de rotina realizada por policiais federais. Os empresários embarcaram em Manaus no voo 3747 (Latam) com destino a Brasília-DF e tiveram suas bagagens submetidas a Raio-X, momento em que a quantia foi encontrada.

Segundo a polícia, de imediato, eles confessaram que estavam realizando o transporte de valores e justificaram que o dinheiro se tratava de pagamentos feitos após contratos celebrados junto a municípios do estado do Amazonas, como um recente com a Prefeitura de Coari.

PRESO É PARCEIRO DA PREFEITURA DE COARI

Há pouco mais de um mês, o BLOG DO HIEL LEVY noticiou que a Prefeitura de Coari autorizou um repasse de mais de R$ 2,5 milhões ao empresário Cesar de Jesus Gloria Albuquerque, preso hoje.

À época, segundo consta na edição do dia 18 de abril do Diário Oficial dos Municípios, a empresa de César Albuquerque, COMERCIAL CJ- COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA, de CNPJ nº 31.158.755/0001-42, localizada em Presidente Figueiredo, foi autorizada a receber o montante de R$ 2.596.830 milhões da Prefeitura de Coari para fornecer bolsas, bonés, tecidos e outros itens.

Para se ter uma ideia, mesmo tendo como atividade principal o comércio de alimentos, a empresa de Cesar Albuquerque, era uma empresa “faz-tudo”, já que fornecia até serviços funerários.

Justificativa

Como justificativa, os suspeitos disseram que a viagem teria finalidade de compra de insumos e realização de pagamento de dívidas.

No entanto, os policiais desconfiaram, uma vez que os suspeitos entraram em diversas contradições sobretudo porque, sequer, sabiam indicar com exatidão o local onde comprariam os supostos insumos ou junto a quem quitariam as dívidas.

A reportagem aguarda um posicionamento da Prefeitura de Coari sobre as prisões.