A Escolinha de Futebol Juventude Ativa concluiu com um torneio interno com os times feminino e de futsal adultos, seu projeto financiado pela Lei Municipal de Incentivo ao Esporte 2022, que tem garantido com seus recursos cidadania as crianças e adolescentes, que através do esporte tem saído de situações de vulnerabilidade.

O futsal e futebol Sub-17, 15, 7 , 8 e 9 anos, tem sido utilizados pela direção da Escolinha de Futebol Juventude Ativa, coordenada pelo Assistente Social José Cláudio Pereira Costa (Claudão), como ferramenta para agregar crianças e jovens que não podem pagar a mensalidade de uma escolinha particular e recebem, desde o ano de 2007, a formação de atleta num processo de inclusão social e de cidadania.
“É dessa forma que trabalhamos, temos um jovem de 19 anos que por problemas de saúde ainda é uma criança e participa nesse processo de inclusão de todas as atividades da escola. Temos espaço para todos e muitas crianças que chegam do seringal e não tem certidão de nascimento providenciamos e ainda realizamos um diagnóstico situacional”, disse diretor.

Cláudio destaca que ainda tem muitas crianças e jovens com direitos violados, sem documentos, sem certidão de nascimento, com problemas de saúde e nesse caso o trabalho é buscar apoio da Atenção Básica para atendimento, pois muitas delas vem do seringal, estão fora da escola, com sua carteira de vacinação incompleta e suas famílias recebem orientação.
“Essa é a nossa forma de trabalho que é contínuo e em caso de drogadição familiar buscamos apoio do Conselho Tutelar. Enquanto Deus me der saúde estarei desenvolvendo esse trabalho com essas crianças e jovens porque ainda sonho com uma sociedade mais justa. Esse é o trabalho da Escolinha de Futsal Juventude Ativa”, destaca.

Claudão faz destaque especial à criação da Lei Municipal de Incentivo ao Esporte, aprovada pela Câmara Municipal num trabalho de excelência do secretário municipal de Cultura, Aldemir Maciel, que quando esteve a frente da pasta do esporte não mediu esforços para a aprovação e agora sua implementação que foi ainda mais valorizada na gestão Zequinha Lima.
“É preciso destacar esse trabalho iniciado pelo secretário Aldemir Maciel que tem sido fundamental para o desenvolvimento do esporte com o custeio de parte dos trabalhos. Qualquer subsídio é de grande valia e o Aldemir contribuiu muito para a criação do Conselho e da Lei de Incentivo à Cultura”, reconhece Claudão ao agradecer.

Com os recursos da Lei de Incentivo ao Esporte a Escolinha de Futebol Juventude Ativa garante equipamentos como uniformes, meiões, tênis e o custeio de outras despesas, informa Claudão que aproveita para pedir ao governo do Estado que também possa retornar com a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte que já beneficiou também a juventude cruzeirense.
“Esses recursos públicos garantem não apenas esse direito fundamental, mas acima de tudo o processo de inclusão e cidadania das crianças e jovens atendidas, tenho feito um trabalho com palestras educativas para conscientizá-las de esclarecimentos dos seus direitos, mas também dos seus deveres e disciplina para polir sua personalidade”, ressalta.

Para Claudão o trabalho disciplinas educativo melhora bastante o relacionamentos das crianças e adolescentes que durante as aulas na escolinha, num trabalho desenvolvido desde 2007, iniciados através dos Jogos Escolares, recebem a formação de atleta e cidadania com inclusão social e acessibilidade para todos.

Claudão é assistente social formado e além de trabalhar com crianças e adolescentes na escolinha de futebol tem um projeto social de atender com estudos socias nos bairros periféricos para que o esporte seja utilizado como ferramenta com a construção de quadras esportivas, por exemplo no bairro formoso, que ainda não tem uma praça de esporte.
“As crianças e jovens que não tem quadra de esporte no seu bairro precisam sair para poder praticar esporte, mas as vezes não tem condição de pagar nas quadras particulares. Minha sugestão é a prefeitura ou o Estado construírem uma quadra de esporte no bairro Formoso que precisa de uma área de lazer e ainda não tem uma praça esportiva”, enfatiza.

“Meu testemunho é que muitos jovens que estavam praticando esporte na nossa escolinha sofreram assédios diversos do crime, da alcoolização e das drogas, mas, com as orientações recebidos conseguiram se manter no bom caminho. Onde tem escolinha funcionando as crianças se mantém longe da criminalidade”, avalia o assistente social.
