Os dados foram retirados do último boletim semanal de arboviroses divulgado pela Sesacre
Os casos de Oropouche no Acre têm preocupado as autoridades de saúde, de acordo com o boletim semanal de arboviroses divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Os dados revelam uma situação crítica, com 435 casos confirmados a partir de 1.054 amostras testadas, em 21 municípios do estado. Mais de 90% das cidades acreanas registraram casos da doença, com quase metade das testagens apresentando resultados positivos.
Além dos casos de Oropouche, os números relacionados à dengue também são motivo de preocupação. Em 2023, foram registrados 3.046 casos, e em 2024, até o momento, já são 3.224 casos, o que representa uma variação de 5,8%. Do total, 2.461 casos foram confirmados, com 21 municípios afetados, embora não tenham sido registrados óbitos relacionados à doença.
Os casos de Chikungunya apresentaram um aumento significativo, passando de 32 casos em 2023 para 191 em 2024, o que representa uma variação de 496,9%. Os casos confirmados foram registrados em 20 municípios, totalizando 145 confirmações, sem óbitos reportados.
Em relação ao Zika vírus, houve um aumento de 41,4% entre 2023, com 87 casos, e 2024, com 123 casos confirmados. Os registros foram distribuídos em 12 municípios, o que totalizou 45 casos confirmados.
Dentre todos do boletim, os casos de Mayaro foram os que menos apresentaram um cenário preocupante, com 1.027 amostras testadas e 7 casos confirmados em apenas 4 municípios do estado.
Os números alarmantes das arboviroses apontam para uma situação crítica no Acre, com a possibilidade de aumento dos casos, principalmente em Rio Branco. A falta de interesse do público na vacinação e a ausência de estratégias eficazes de divulgação das medidas preventivas têm contribuído para o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.