A 5ª edição da Feira do Peixe, promovida pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, movimentou a cidade, com a comercialização de quase 8 toneladas de pescado e um faturamento estimado em cerca de R$ 500 mil. Mais de 10 mil pessoas passaram pelas tendas montadas ao lado do Mercado do Agricultor de terça-feira até esta sexta (15 e 18). Os números oficiais ainda serão divulgados.

Além da venda de peixes frescos e de qualidade, muitos já limpos e sem espinhas , a feira se destacou por proporcionar um ambiente de lazer e cultura para a população. Atrações musicais, sorteio de prêmios, oficinas de defumação e demonstrações culinárias, tornaram a feira mais do que um espaço de compras: um ponto de encontro da comunidade. Além disso, o destaque foram as competições entre os pescadores como melhor lance de tarrafa, maior peixe, melhor história de pescador e karaokê.


Para o Secretário Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Nilon Ibernon, o evento superou todas as metas previstas. “Foi muito positiva. Este ano, além de facilitar o acesso ao pescado na Semana Santa, oferecemos também um ambiente de lazer. Tivemos parcerias com a Secretaria de Cultura, com música todos os dias, competições e um restaurante com pratos típicos como moqueca e peixe assado, que foram um sucesso. Isso atraiu um público muito maior do que esperávamos. Tivemos o apoio de todas as secretarias da prefeitura para conseguir promover essa linda festa”, avaliou.

Ao todo, participaram da feira 21 vendedores de peixe. Além disso, o espaço contou com verdureiras, vendedores de doces, salgados e café da manhã, e empreendedores que comercializaram ração e equipamentos para pesca. Entre os parceiros estiveram empresas como Honda, Agroboy, Agroforte e Agrovariante, além do IFAC, que ofereceu oficinas de defumação de peixes e técnicas de filetagem e Sebrae.

A feira foi uma oportunidade de renda extra para muitos. O vendedor Antônio Alves, que trabalha com pescado há sete anos, comemorou: “Essa feira foi boa demais. Vendi 500 quilos, mais de R$ 15 mil. O tambaqui, principalmente sem espinha, que é o que o povo mais procurou. O quilo do tambaqui sem espinha foi comercializado a R$30”, relata.

Já Aldemizio Valente relatou um crescimento nas vendas ao longo dos dias. “Alcançamos aproximadamente R$ 7 mil em quatro dias. A gente espera que a população continue valorizando o peixe, que é saudável”, disse.
Isaac de Moura, que visitava a cidade, destacou a qualidade dos peixes e a importância de manter a tradição da Semana Santa. “Comprei peixe sem espinha, que adoro. Está ótimo. A feira é muito bom porque a gente sabe onde encontrar algo com qualidade ”, afirmou.

Gastronomia e geração de renda
Foram montados dois espaços exclusivos para a venda de refeições à base de peixe. Elizete Monteiro, dona de um dos restaurantes, comercializou pratos como peixe na brasa, moqueca, pirarucu desfiado e peixe na palha de bananeira, ela destacou que mesmo ainda sem contabilizar os resultados as vendas foram um sucesso. “É uma oportunidade que esperamos o ano todo. Ainda não sentei para contabilizar a quantidade que vendemos e os valores, mas o resultado foi muito positivo e superou nossas expectativas”, afirmou.
Fernando Luna, outro empreendedor, faturou cerca de R$ 5 mil vendendo marmitas com tambaqui, curimatã e matrinxã, acompanhadas de farofa, arroz e macaxeira. “Eu não esperava que fôssemos ter um resultado tão bom. Eu sou pedreiro, mas aproveitamos a oportunidade para vender o peixe assado na brasa . Algumas pessoas comem aqui e outras levam para casa”, destacou.

A consumidora Maria Gomes Rodrigues saiu da igreja e passou na feira apara comprar a refeição. Ela aproveitou para levar o almoço pronto para casa. “Facilita muito. Os preços são justos, pelo trabalho e qualidade. Parece uma delícia ”, disse.
Investimentos e política de desenvolvimento
O secretário Nildson Ibernon também destacou que o sucesso da feira é reflexo direto dos investimentos feitos ao longo do ano pela gestão do prefeito Zequinha Lima. “Essa é uma política de segurança alimentar. No ano passado, construímos 408 tanques para piscicultura, incentivando a produção local. A Feira do Peixe é uma culminância desse trabalho, e o prefeito transformou esse evento em um modelo de aproximação com a população e valorização da nossa economia local”, disse.
A Feira do Peixe já superou os resultados do ano anterior e, segundo o secretário, para 2026, a meta é crescer ainda mais. “Transformamos a feira também em uma feira de negócios. Queremos um espaço maior e mais parceiros. Este ano, o espaço já ficou pequeno. Para o próximo ano, a ideia é ampliar ainda mais”, concluiu.