Projeto é financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura
O grupo folclórico As Pastorinhas apresenta, na noite desta sexta-feira (13), no Teatro dos Náuas, às 19:30 horas, mais uma apresentação da peça teatral que comemorativa ao nascimento de Jesus, encenada no vale do Juruá há várias décadas inicialmente pelas irmãs do Instituto Santa Teresinha, no ano de 1964.
A peça As Pastorinhas realizada pela professora Maria Auxiliadora, popular Neca e produzida pela professor Charles André, tem o patrocínio da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, através da Lei de Incentivo à Cultura e conta em seu elenco com mais de 40 pessoas na interpretação dos diversos personagens para contar a bela história.
A professora Neca lembra que a peça as Pastorinhas teve suas primeiras apresentações em Cruzeiro do Sul feitas pelas irmãs Dominicanas do Instituto Santa Teresinha – Atanásia, Adelgundes e Plácida – e se tornou ao longo do tempo parte do folclore cruzeirense organizada depois por várias pessoas, quase sempre na época do Natal.
As Pastorinhas é um auto natalino bastante difundido no nordeste onde é também é conhecido como Pastoril. Trata-se de uma peça teatral cantada, tipo opereta, que relata a anunciação do nascimento de Jesus e existem duas pastorinhas, a infantil, representada por crianças de idade de 10 a 12 anos e a juvenil, de meninas de 15 anos ou mais.

A mais tradicional é As Pastorinhas juvenil. A peça nasceu de uma brincadeira entre meninas da corte para animar o presépio que fica estático e representavam os seus elementos com um prólogo de anunciação, cantado e bailado de meninas vestidas de azul, chamadas de Cordão Azul e o mesmo tanto vestidas de vermelho, o Cordão Vermelho.
A peça teatral inicia com a anunciação do anjo Gabriel à Maria e à Jose, a fuga para o Egito, o nascimento de Jesus, a aparição da estrela que guiou os reis Magos que foram visitá-lo, em Belém, momento que inicia a cantoria e danças das pastorinhas, samaritanas, camponesas e da cigana que em determinado momento vai ao público pedir uma esmola.
“A cigana pede uma esmola de algumas pessoas do público e se ele não tiver ela canta em forma de brincadeira. Que pouca vergonha, esse cidadão, veio ao teatro sem nenhum tostão”, num alerta aos cavalheiros para que levem um trocado no bolso para dar a esmola para a cigana e não passar vexame”, brinca a professora Neca.
Neca destaca ainda que nesta apresentação estarão em cena cerca de 45 atrizes e atores com a participação especial do cantor e ator Raimundo Lima, popular Raimeca, que dá um show de interpretação dos personagens pastor e satanás. “É um grande ator que na sua participação ganha muitos aplausos da plateia o Raimeca”, enfatiza.
O professor e produtor cultural Charles André destaca a importância da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da preservação do folclore regional ao convidar a população para assistir a apresentação na noite desta sexta-feira (13).