O governo federal anunciou um investimento de R$ 19 milhões para a construção de 700 cisternas em cidades do Acre, por meio do Programa Cisternas para a Amazônia Legal. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome lançou um edital de chamamento público para selecionar organizações da sociedade civil responsáveis pela implementação de tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano, produção de alimentos e inclusão social e produtiva na região.
As cidades de Manoel Urbano, Sena Madureira, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Tarauacá serão beneficiadas com essas construções. As áreas prioritárias serão as Resex Cazumbá-Iracema, Resex Riozinho da Liberdade e Resex Alto Tarauacá, onde serão direcionadas as ações do programa.
O objetivo é permitir que organizações da sociedade civil apresentem propostas para implementar o Programa Cisternas em áreas habitadas por populações extrativistas e ribeirinhas. No total, 24 municípios serão contemplados, com famílias de baixa renda residentes em áreas rurais e com dificuldade de acesso a fontes de água potável sendo o público prioritário. Estima-se um investimento de até R$ 100 milhões para a implementação de 3,7 mil cisternas nos 24 municípios.
Além de melhorar a qualidade de vida das comunidades, essas tecnologias têm potencial para reduzir doenças transmitidas pela água, contribuir para a preservação ambiental e gerar renda para as famílias. Ao terem acesso a água de qualidade, as pessoas poderão processar produtos em suas comunidades, fortalecendo a inclusão produtiva a longo prazo.
A região da Amazônia Legal, composta por nove estados, possui uma vasta extensão territorial com influência do maior bioma de florestas tropicais do mundo. Apesar da alta disponibilidade hídrica, há dificuldades no acesso à água potável, afetando o bem-estar, saúde e produtividade das famílias, especialmente aquelas que vivem em áreas rurais isoladas, incluindo terras indígenas, comunidades quilombolas, reservas extrativistas e áreas ribeirinhas.
Com 16,5% da população registrada no Cadastro Único e 19,4% da população em situação de pobreza, a Amazônia abriga mais de 730 mil famílias que se beneficiarão com esse programa.