Cruzeiro do Sul, Acre, 31 de outubro de 2025 09:19

Mala com pedaços de corpo tinha bilhete colado; mistério intriga polícia

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Papel colado tinha telefone e endereço de escritório de contabilidade; Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga

A Polícia Civil investiga um caso macabro que envolve a descoberta de partes de um corpo humano dentro de uma mala, deixada no guarda-volumes da Rodoviária de Porto Alegre (RS).

O que também intriga os investigadores é um bilhete colado do lado de fora da mala, com o nome, o endereço e o contato de um escritório de contabilidade em Canoas, na Região Metropolitana. A CNN teve acesso com exclusividade à imagem – veja acima.

Bilhete colado do lado de fora da mala com pedaços de corpo • Exclusivo CNN

A mala foi deixada no local em 20 de agosto, por um homem que usou documentos falsos no cadastro.

Nas imagens das câmeras de monitoramento é possível ver o homem disfarçado com máscara, óculos e boné. De acordo com a polícia, o disfarce é um sinal claro de que ele planejou e organizou o crime.

• Reprodução
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Outro ponto chama atenção dos investigadores: na rodoviária, o homem deixou o documento de outra pessoa que iria, em tese, buscar a mala no guarda volumes. O departamento de homicídios já descobriu quem é essa pessoa.

“Está sendo averiguado, mas a princípio o homem que, supostamente buscaria a mala, não tem relação com o ocorrido. O nome dele foi colocado lá, justamente com a intenção de incriminá-lo”, explicou o delegado André Luiz Freitas.

O corpo foi descoberto apenas no dia 1º de setembro, quando funcionários do terminal perceberam o forte odor vindo do compartimento. Dentro, estava o tronco de uma mulher.

Exames de DNA já comprovaram que são do mesma vítima que teve braços e pernas deixados em outro ponto de Porto Alegre. Os membros, foram encontrados em um bueiro, no mês passado.

Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para tentar identificar o suspeito que deixou a mala no terminal. A polícia também investiga a origem do bilhete e a possível relação entre o escritório citado e o crime.

A hipótese de feminicídio não está descartada.