Filho número 03 do ex-presidente participou do programa Pânico
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) tentou aliviar a situação do seu pai no possível envolvimento nos atos golpistas que ocorreram nos acampamentos nos quartéis e também no dia 8 de janeiro . Segundo o parlamentar, o ex-presidente Jair Bolsonaro “não mandou ninguém ir às ruas”.
“Ele [Jair Bolsonaro] não mandou ninguém ir para as ruas. Se ele fala ‘Vai pra casa’ é porque ele tem uma liderança naquele pessoal e aí vincula o presidente em todo esse problema. É o que a esquerda mais quer”, falou Eduardo nesta sexta-feira (17) ao ser entrevistado pelo programa Pânico da Jovem Pan.
“Com o ex-presidente nos EUA, você não tem como dizer que ele arquitetou ou organizou alguma coisa. Ele tava até fora do país quando aconteceu tudo isso [ato golpista de 8 de janeiro]”, acrescentou.
Porém, após as eleições de 2022, o perfil Bolsonaro.TV, do Instagram, postou mensagens cifradas, o que motivou milhares de bolsonaristas a irem às ruas protestarem de forma antidemocrática. A principal pauta era que o STF fosse fechado, os ministros presos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomasse posse e Bolsonaro seguisse no cargo.
Além disso, o antigo chefe do Executivo federal ficou em silêncio durante um bom tempo e, os poucos momentos que se manifestou, não teve um discurso claro para que seus apoiadores deixassem os quartéis.
Outro fato que coloca o ex-presidente e seus filhos na mira da Justiça é a organização do ato terrorista de 8 de janeiro. Ônibus foram fretados para levar milhares de bolsonaristas a Brasília para que os prédios dos Três Poderes fossem invadidos. Houve convocação em grupoo do Telegram e todos tinham consciência que poderiam ocorrer confrontos com a polícia.
O ex-presidente viajou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro do ano passado e pretendia voltar no fim de março. Porém, com o ato de 8 de janeiro, ele cogitou atrasar seu retorno para o Brasil, planejando deixar os EUA apenas no fim do primeiro semestre.
Só que ele recebeu a informação do seu médico que precisava passar por um novo procedimento cirúrgico e isso só pode ser feito no Brasil. Ao ter a garantia de aliados que o Supremo não determinaria sua prisão, Bolsonaro planejou voltar no dia 15 de março.
Porém, o escândalo das joias da Arábia Saudita fez com que ele reavaliasse novamente o seu retorno. Ele agora não tem uma data definida para pisar em solo brasileiro.
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