O Movimento Social Pró-Ponte, da região do Juruá, com sede em Rodrigues Alves constituído há mais de doze anos pela sociedade civil organizada segue lutando pela construção da tão necessária ponte sobre o Rio Juruá que continua causando prejuízos e danos incalculáveis a população em geral como os usuários, motos e carros caindo no rio.
Uma das principais lideranças do Movimento Pró-Ponte, o professor Ralph Fernandes, lamenta a situação de caos que se encontra a travessia neste período de inverno com vários prejuízos à população e aos proprietários de veículos que caem nas águas do Rio Juruá e cobra uma manutenção das rampas de acesso que devido as chuvas ficam quase intrafegáveis por alguns dias.
Um trabalho sério do Movimento Pró-Ponte que mobiliza e reúne lideranças sociais e políticas do município de Rodrigues Alves e da região que defendem o direito da população, estudantes, trabalhadoras e trabalhadores, empreendedores, artistas, desportistas, igrejas, pedestres, condutores de veículos, transportes coletivos e principalmente os serviços de urgência e emergência como o SAMU e Viaturas da Segurança Pública que dependem da interligação e integração, através de uma ponte sobre o Rio Juruá e que já conquistaram algumas vitórias que podem ser consideradas de destaque principalmente por incluir na agenda do Governo Federal e levar para o debate dos políticos em Brasília-DF a necessidade da construção dessa obra que é de grande porte.
“Continuamos com a necessidade urgente da construção da nossa ponte que é um investimento vultoso que vai necessitar do apoio dos nossos políticos no Estado do Acre e principalmente em Brasília-DF. Na capital federal conseguimos depois de cumprirmos várias agendas e de realizar vários movimentos, inclusive do fechamento dramático, porém necessário da BR-364 por mais de trinta horas ininterruptas iniciar um profundo debate através de audiência pública com os deputados estaduais e a bancada federal que culminou numa sensibilização dos parlamentares federais que sinalizaram com as suas emendas impositivas tanto para o trabalho do projeto técnico da referida ponte quanto aos recursos para o início da obra”, destaca Ralph Fernandes.
Prejuízo mais recente: mais um veículo cai no Rio Juruá no momento da travessia
O ativista social ainda ressalta que neste período de inverno a população tem tido muitos problemas no local de embarque e desembarque da balsa de grande porte e também das pequenas balsas que fazem a travessia no Rio Juruá, inclusive com o registro de acidentes em que carros caíram nas águas nos momentos de entrar ou sair das embarcações, felizmente apenas com prejuízos materiais.
“O Movimento Pró-Ponte já mobilizou o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e a unidade regional do Deracre para que em conjunto possam construir duas paradas de passageiros com banheiros para atender os usuários e fazer a manutenção das rampas de acesso, porque o trabalho paliativo feito não surte efeito. Faz o trabalho num dia e quando chove os acessos ficam na mesma situação dramática prejudicando o embarque e desembarque”, avalia a liderança.
Dificuldade para saída e entrada dos veículos, inclusive SAMU e viaturas policiais, além dos demais no período invernoso
Ralph Fernandes destaca ainda que a luta do Movimento Pró-Ponte é permanente e está voltado e focado no momento, enquanto não há condições de iniciar a construção da ponte, pois ainda se depende da concretização do projeto técnico, mas passos estão sendo dados para sua concretização. No momento há de fato a necessidade em caráter de urgência da manutenção das duas paradas com banheiros e da construção das duas rampas de acessos nas duas margens do Rio Juruá até a ponta do asfalto e a manutenção ininterrupta da balsa paga pelo Governo do Estado que faz a travessia.
“A nossa bandeira de luta pela manutenção da balsa que deve fazer a travessia de milhares de usuários da nossa população de forma gratuita durante as 24 horas por dia é de grande importância para garantir o direito de ir e vir, mas também continua a nossa mobilização para sensibilizar o Governo do Estado e os parlamentares federais para que possam agilizar com a força dos seus respectivos mandatos etapas, como por exemplo da concretização do projeto técnico para que o DNIT possa licitar os recursos conquistados pelo Movimento Pró-Ponte para poder iniciar a construção da nossa ponte, essa obra que vai interligar e desenvolver os nossos municípios do Juruá com o restante do estado e país”, finaliza Fernandes.
