A operação desencadeada pela Polícia Federal para investigar a suposta fraude no cartão de vacina de Jair Bolsonaro causou ira entre apoiadores do ex-presidente e gerou centenas de críticas feitas por usuários do Twitter em postagem do Exército.
O que aconteceu
Os ataques ocorreram na primeira postagem do dia feita pelo Exército, às 15h dessa quarta-feira. A mensagem citou uma reunião em Buenos Aires, onde o Exército brasileiro e o argentino acertaram um exercício combinado.
Havia 1,3 mil comentários na postagem até as 20h de quarta, a maioria absoluta criticando a corporação.
A principal reclamação foi de que o Exército não teria atuado para impedir a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.
Nas postagens, bolsonaristas classificaram o Exército com termos como “covardes” e “traidores”.
Um dos termos mais usados pelos bolsonaristas é o de “melancia” — ou seja, verde por fora, mas vermelho (cor do PT) por dentro.
Ataques de bolsonaristas no Twitter do Exército viraram recorrentes. Foram muito comuns durante a eleição e a posse do presidente Lula, em 1º de janeiro, quando extremistas pediam golpe militar.
O que postaram os bolsonaristas
“Começou com o Cid. Depois não reclamem!”
“Meu Deus, ladeira abaixo. Enquanto isso, vamos esperar os políticos autorizarem operações policiais para cidadãos que vivem no RJ.”
A visita de Lula ao Quartel-General em Brasília também foi alvo de críticas.
“Traidores, e ainda fizeram festa pro chefe após prisão do ex-ajudante de ordens Cid.”
Veja mais algumas postagens:
* Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e com especialização em gestão de conteúdo em jornalismo pela Universidade Mackenzie, Carlos Madeiro atua há 20 anos e escreve para o UOL desde 2009, participando de grandes coberturas e fazendo reportagens e análises sobre o Nordeste e o Norte do Brasil. Colunista do UOL
