O Festival do Coco, hoje uma das maiores vitrines da agricultura familiar e do empreendedorismo no Vale do Juruá, nasceu da tradição de Mâncio Lima em cultivar e comercializar o coco. O início dessa história remonta a 2012, quando chegaram ao município as primeiras mudas distribuídas pelo Governo do Estado.
Cinco anos depois, em 2017, a gestão do então prefeito Isaac Lima percebeu o potencial dessa cadeia produtiva e decidiu criar o 1º Festival do Coco e da Agricultura Familiar, transformando a abundância dos quintais e da zona rural em oportunidade de negócios, entretenimento e valorização cultural.
“O Festival do Coco foi um divisor de águas na economia, cultura, turismo e no agronegócio de Mâncio Lima. Esse plantio artesanal vem de muitos anos e, com apoio de parceiros, conseguimos transformar em uma grande festa. Hoje, o coco movimenta a economia, gera renda e se tornou uma marca de Mâncio Lima”, recorda o ex-prefeito Isaac Lima, idealizador do evento.
A iniciativa, além de aquecer a economia local, abriu portas para novos negócios e consolidou a festa como um espaço de convivência, lazer e difusão cultural. Desde a primeira edição, os empreendedores perceberam o impacto positivo. O autônomo Raimundo Barbosa, mais conhecido como Mutante, está presente desde o começo:
“Todo festival do coco eu trabalho com carne na chapa. A gente vende muito, paga dívidas e ainda sobra lucro. Quando comecei, era tudo pequeno. Hoje, minhas vendas aumentaram muito, graças a Deus. O festival mudou a vida da gente e a expectativa é sempre crescer mais”.
O Sebrae também desempenhou papel fundamental. Segundo Laís Mapes, gerente da unidade no Juruá, Tarauacá e Envira, o festival surgiu dentro do programa Cidade Empreendedora, que fortalece cadeias produtivas locais: “Antigamente, se pensou em fazer o festival do Buriti, mas vimos que o coco era o diferencial de Mâncio Lima. O Sebrae entrou como co-realizador, apoiando os empreendedores, trazendo estrutura, identidade visual e capacitação. Hoje, o coco de Mâncio Lima chega a vários municípios do Acre, consolidando a cidade como referência nessa cadeia produtiva”.
De lá para cá, o Festival do Coco se tornou parte do calendário cultural, agrícola e turístico do município. A cada edição, o número de expositores e visitantes cresce, com grandes atrações nacionais, valorização dos artistas locais e recorde em volume de negócios mostrando que a festa deixou de ser apenas um evento local para se tornar um evento do mapa turístico do Estado do Acre. ponto de encontro regional. Para muitos agricultores e famílias, a renda obtida no festival garante desde o pagamento de contas até investimentos em novos plantios.
Mais do que uma celebração, o Festival do Coco é símbolo de identidade, tradição e futuro. Um evento que nasceu pequeno, mas que, com parcerias e envolvimento da comunidade, ganhou força e se consolidou como a principal vitrine da agricultura familiar de Mâncio Lima, atraindo olhares, investimentos e visitantes de todo o Acre.
Linha do Tempo do Festival do Coco
2017 – 1ª edição: Criado na gestão do então prefeito Isaac Lima, com apoio do Sebrae e parceiros locais. A proposta foi valorizar a produção do coco, fortalecer a agricultura familiar e incentivar o empreendedorismo. O evento trouxe shows, exposição de produtos e iniciou a tradição que se consolidaria no município.
2018 – 2ª edição: O festival cresceu em número de expositores e público. Agricultores e empreendedores locais começaram a investir mais em derivados do coco e a festa ganhou maior visibilidade na região do Juruá.
2019 – 3ª edição: A estrutura foi ampliada com novos espaços para gastronomia, artesanato e apresentações culturais. O festival atraiu visitantes de municípios vizinhos e consolidou Mâncio Lima como polo do coco no Acre.
2020 e 2021 – Pausa devido à pandemia: Assim como outros eventos culturais, o festival não pôde ser realizado devido às restrições sanitárias da Covid-19.
2022 – 4ª edição: Considerada uma das maiores até então, reuniu grande público no Complexo Esportivo Totão. Agricultores, expositores e empreendedores tiveram recorde de vendas, e a festa passou a ser vista também como atrativo turístico regional.
2023 – Ano sem festival: Devido a um fenômeno climático que impactou a produção agrícola local e danos no Complexo Esportivo Totão, o Festival do Coco não foi realizado.
2024 – Integração com a Expo Mâncio Lima: O festival passou a fazer parte da programação da Expo Mâncio Lima, mantendo a identidade cultural do coco, mas dentro de um evento maior voltado para negócios, agropecuária e entretenimento.
2025 – Preparativos para a 5ª edição: A expectativa é que o festival retorne com participação recorde de público e de expositores, reforçando a tradição, ampliando oportunidades de negócios e atraindo ainda mais visitantes para Mâncio Lima. A festa acontece de 12 a 14 de setembro, no Complexo Esportivo Totão com novidades e uma programação diversa.
