Cruzeiro do Sul, Acre, 1 de maio de 2025 15:40

Pandemia – Amazonas registra seis casos da variante Delta da Covid-19 em Manaus e no interior do estado

Segundo a FVS, nenhum dos infectados com a cepa - encontrado pela primeira vez na Índia - precisou ser hospitalizado | Foto: Reprodução/AFP

MANAUS (AM) – A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas confirmou, nesta quarta-feira (18), seis casos de pacientes com a variante Delta da Covid-19, em Manaus e no interior do estado. Segundo a FVS, nenhum dos infectados com a cepa – encontrado pela primeira vez na Índia – precisou ser hospitalizado.

 Dos seis pacientes, quatro moram na capital do Amazonas e outros dois são residentes de Maués, a 257 quilômetros de Manaus. Eles apresentaram febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse, coriza, lombalgia, mialgia e dor de cabeça. Quatro deles já estavam com o esquema vacinal completo contra a Covid-19, enquanto um estava com a aplicação apenas da primeira dose, e o outro não havia sido imunizado. 

Todas as seis pessoas relataram que viajaram para os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro ou tiveram contato com parentes que estiveram nesses dois últimos estados.

De acordo com a diretora-presidente em exercício da FVS-RCP, Tatyana Amorim, os seis casos positivos de Covid-19 pela variante Delta não necessitaram de internação hospitalar. “Dos seis pacientes, cinco não possuem comorbidades (doenças preexistentes) e evoluíram para cura. Um dos pacientes tem asma e está sendo submetido a tratamento domiciliar”, detalha.

Os casos foram notificados a FVS, na noite de terça-feira (17), pela Fundação Oswaldo Cruz – Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazonas), órgão responsável pelo sequenciamento genômico do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Amazonas, a partir das amostras coletadas e processadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/FVS-RCP).

Terceira onda?

Ao Em TEMPO, o infectologista Marcus Guerra, elencou algumas características da variante Delta que levantam a possibilidade dela possuir um efeito mais nocivo do que a variante Gama (P1) – encontrada pela primeira vez no Amazonas, entre elas, destacam-se  a maior transmissibilidade, maior probabilidade de evadir-se do sistema imunológico e produzir casos mais graves em não vacinados, além de infectar vacinados.

É possível que essa nova variante cause uma terceira onda no Amazonas, desde que mantenha as características atuais em relação a transmissibilidade, como a grande quantidade de vírus encontrada nas vias aéreas, que é dez vezes maior do que pessoas infectadas com outras variantes, como por exemplo a Alfa e mil vezes maior que a versão original do vírus. Ainda assim, as vacinas têm contribuído de modo significativo na diminuição de hospitalizados e mortes, limitando-se esses eventos entre não vacinados, afirmou o médico especialista.