Cruzeiro do Sul, Acre, 4 de outubro de 2024 00:12

“Pode ter certeza que teremos eleições limpas”, diz Bolsonaro em entrevista no Jornal Nacional

Reprodução/TV Globo - 22.08.22
Presidente Jair Bolsonaro (PL) é entrevistado no "Jornal Nacional"

Presidente é o primeiro dos candidatos à Presidência  entrevistado no programa da Rede Globo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (22) em entrevista ao Jornal Nacional que vai respeitar o resultado da eleições . A resposta da primeira pergunta da sabatina, onde Bonner questiona as intenções do presidente Bolsonaro ‘ao xingar um ministro do supremo’ e também ao questionar a segurança das urnas eletrônicas.

“O senhor tem xingado ministros do Supremo Tribunal Federal, ter feito ataques sem prova nenhuma ao sistema eleitoral brasileiro, o senhor chegou a ameaçar não ter eleições no Brasil […] Candidato, o que o senhor pretende ou pretendeu com isso?”, perguntou Bonner.

“Você não está falando a verdade quando fala xingar da minha parte não existe, é um fake news da sua parte”, respondeu Bolsonaro.

Bonner recordou Bolsonaro sobre suas falas durante ato na avenida Paulista no dia 07 de setembro de 2021.

“Candidato o senhor xingou um ministro do supremo de canalha”.

E prosseguiu solicitando ao atual presidente o compromisso de respeitar o resultado das urnas.

“O senhor vai assumir um compromisso diante de milhões de pessoas. O senhor vai respeitar o resultado das urnas”?

“Seja qual for eleições limpas, devem ser respeitadas. Desde que as eleições sejam limpas e transparentes”, respondeu Bolsonaro.

Bolsonaro mente ao dizer que não xingou ministros do STF

Bonner retomou a provocação de Bolsonaro sobre ‘fake news’ ao comentar fala do presidente no dia 07 de setembro de 2021, quando Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes (STF) de ‘canalha’.

“Presidente, o senhor começou sua resposta afirmando que eu tinha cometido uma ‘fake news’. Em nome da verdade candidato, o senhor chamou o ministro de canalha”, disse Bonner.

Bolsonaro evitou pronunciar o nome de Alexandre Moraes respondendo que ‘foi um ministro específico’ e não ‘ministros’, corrigindo o jornalista.

“Quem vem sendo perseguido o tempo todo por um ministro sou eu. Por um inquérito totalmente ilegal e as medidas que vinham sendo tomadas por esse ministro eram contestáveis. Lá atrás a procuradora Raquel Dodge pediu que esse inquérito deixasse de existir”.

Bolsonaro concluiu a pergunta sobre Alexandre de Moraes afirmando que entre o dois está tudo ‘pacificado’.

“Pelo que tudo indica está tudo pacificado. Espero que seja uma página virada e quem vai decidir essa questão de transparência ou não, serão em partes as Forças Armadas que foram convidadas a fazer parte da comissão eleitoral”, disse.

O atual mandatário abre a série de entrevistas do Jornal Nacional, comandado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos.  Ao todo, os quatro presidenciáveis mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha no dia 28 de julho devem ser entrevistados pelo programa.

Os próximos entrevistados:

Ciro Gomes (PDT), será entrevistado nesta terça-feira (23) . Lula (PT), estará na bancada do programa na quinta-feira (25) e Simone Tebet, será entrevistada na sexta-feira (26).

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