A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou mais um reajuste na conta de energia elétrica num percentual de 52% na bandeira vermelha, no patamar 2. A partir de julho, a taxa adicional cobrada nas contas de luz passará de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 9,49.
Esse valor, no entanto, poderá ser ainda maior já em agosto e nos próximos meses, já que a agência irá rever os parâmetros para cálculo da bandeira. A consulta pública para a revisão pode ser aberta ainda nesta terça, em reunião extraordinária. Isso, segundo a Aneel, porque, mesmo com o reajuste, há 46% de chances de faltar recursos para cobrir os custos da contratação de térmicas para manter o abastecimento no País.
O anúncio do aumento teve imediata repercussão negativa na comunidade que protesta contra o aumento que para todos é considerado abusivo, principalmente neste período da pandemia onde, por exemplo, para os empresários as vendas caíram e muitas pessoas, além da baixa renda muitos ficaram desempregados.
O empresário José Farias, que tem uma loja na Galeria Joãozinho Melo e outra na área comercial central do município, protesta contra o aumento da energia elétrica ao destacar que o empresário além de ter o pagamento do salário dos colaboradores, tem os impostos do Estado e Federal que não são baratos e ainda aluguel e a energia muito cara.
“Vejo esse aumento como um absurdo. Pago entre R$ 600,00 e R$ 650,00 na loja e na minha casa mais R$ 500,00, nessa faixa. Gostaria que as pessoas competentes olhassem pelo menos para baixar para as pessoas que tem uma renda menor e sofrem ainda mais. A energia leva uma boa parte do lucro do empresário”, disse.
A comerciária Camila Almeida protesta conta o aumento. “É um absurdo, a energia já está muito cara e mais esse aumento nesse tempo de pandemia não tem nenhuma condição de aceitar. Não dá para entender o percentual do aumento porque não utilizamos tanta energia. Eles justificam que é motivado pela seca, mas quem fica penalizado é o consumidor”, disse.
A comerciante Agaivides avalia que quando soma as contas de energia da loja e da casa dá um valor de quase R$ 800,00 o que é um absurdo e daqui uns tempos não vai dar mais comprar nem a carne porque também aumentou e que ela vai trabalhar apenas para pagar os impostos do governo e a conta de energia elétrica.
“Para mim esse aumento é um abuso, não falo só por mim, mas pelas pessoas que trabalham em salão de beleza que tem uma conta de energia alta principalmente no meio de ima pandemia dessa fica muito mais difícil de aceitar um aumento desse percentual. É preciso as autoridades fazerem alguma coisa para impedir esse aumento”, disse.
O autônomo Valdeir Souza ficou muito surpreso com a notícia. “A população não aguenta mais pagar um valor tão alto pela energia, na minha casa é muito pouca coisa que consome energia. As autoridades deveriam ser mais justas. A população fica de mãos atadas sem saber a quem recorrer para que a conta da energia seja justa para a população”, protesta.
Consultada sobre o novo aumento na conta da energia elétrica a Assessoria de Comunicação da Energisa Acre informa que a entidade que determina o valor da bandeira tarifária e os aumentos é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que é a responsável pela regulamentação do setor elétrico no Brasil.
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