Cruzeiro do Sul, Acre, 25 de abril de 2024 09:16

Sobre as cheias no Acre: “Todo ano é a mesma agonia: cheias, famílias desalojadas e ficam à míngua”

cheia (3)

Para não me alongar nem incutir “colóquios flácidos para acalentar bovinos”.

Todo ano é a mesma agonia: cheias, famílias desalojadas e ficam à míngua.

E já faz décadas a mesma situação.

Ao jornalismo [penso] caberia no seu papel social discutir, debater, a retirada definitiva de famílias residentes em regiões de cotas baixas e os projetos de engenharia destinados a conter essas cheias. Tudo porque as cheias passaram a ser fenômenos convencionais. Se repetem anualmente.

Cediço é que ao longo de décadas [as quais vivi no Acre] governantes [seja de coloração ‘incarnado’, azul, violeta, laranja, grená, ou a cor que prefriram] empurraram a questão de maneira paliativa. Um conjunto habitacional aqui, um cidade não sei do que ali…

Alimentar a cultura da “ajudinha”, da cesta básica [sacolão no linguajar tupiniquim acreano], etc de governantes de plantão em nada vai minorar a situação de quem vive nessas áreas de cotas baixas.

Avalio ser esse o momento de o jornalismo [não apenas ser solidário com aqueles que estão da desgraça] questionar o Poder Público [aqui não se trata de fulanizar] as soluções práticas para um problema que se perdura há décadas.

‘Navegar é preciso’ ensinava o saudoso Ulysses Guimarães

* Chico Araújo é jornalista e advogado

Município de Jordão