Cruzeiro do Sul, Acre, 7 de dezembro de 2025 11:48

Pré-COP encerra em Brasília com avanços parciais e expectativa por acordos em Belém

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Presidente da COP30 afirmou que reunião preparatória resultou em “pré-consensos”, mas ainda há desafios para alinhar compromissos climáticos antes da conferência na Amazônia

Encerrada na noite desta terça-feira (14), a Pré-COP, evento preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reuniu representantes de 67 países em Brasília. Durante dois dias de debates, os negociadores discutiram temas como financiamento climático, transição energética e proteção das florestas tropicais. Embora não tenham sido firmados acordos concretos, autoridades afirmaram que houve avanços importantes nas conversas. As informações são da Agência Brasil.

Brasília (DF), 14/10/2025 – O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa de plenária no segundo dia da Pré-Cop30. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil tenta alinhar prioridades antes da COP30

O presidente designado da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, avaliou que o encontro permitiu traçar um panorama claro sobre o que cada país está disposto a negociar em Belém. Segundo ele, a reunião serviu para identificar pontos de convergência e de impasse. Corrêa do Lago explicou que, dos 140 temas oficiais da conferência, cerca de 30 têm relevância central, sendo sete considerados decisivos para os próximos meses.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que as mudanças climáticas ultrapassam fronteiras e exigem respostas conjuntas. Para ela, fenômenos extremos como enchentes e queimadas demonstram a urgência de políticas coordenadas e do fortalecimento do financiamento internacional voltado à adaptação climática.

Pressão social e defesa das florestas

Organizações da sociedade civil também participaram da reunião e cobraram maior protagonismo para a proteção das florestas tropicais, especialmente por a COP30 ocorrer na Amazônia. A especialista do Greenpeace Brasil, Camila Jardim, criticou a ausência de compromissos mais concretos sobre o tema e destacou que a floresta tem papel essencial na regulação do clima global e no combate às emissões de carbono.

Entre as medidas apresentadas pelo governo brasileiro está o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto para conservar biomas em cerca de 70 países. O fundo prevê US$ 125 bilhões em recursos e repassará 20% diretamente a comunidades indígenas e tradicionais, que desempenham papel fundamental na preservação da biodiversidade.

Financiamento e adaptação no centro das conversas

Durante o encontro, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, enfatizou que há consenso entre os países sobre a necessidade de criar novos instrumentos econômicos para valorizar a natureza. Segundo ela, o objetivo é fazer da conferência de Belém uma “COP de implementação”, voltada à execução das promessas assumidas em edições anteriores.

Além disso, a ministra Marina Silva destacou a importância de garantir recursos para preservar florestas e oceanos, lembrando que as mudanças climáticas não respeitam fronteiras e exigem solidariedade entre as nações.

Expectativa para Belém

Até agora, 62 países, responsáveis por 31% das emissões globais, apresentaram novas metas de redução de gases (NDCs). Grandes economias, como União Europeia e Índia, ainda não atualizaram seus compromissos, o que aumenta a pressão sobre a conferência. Corrêa do Lago afirmou que os encontros bilaterais realizados em Brasília mostraram disposição dos países em avançar no diálogo.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que as mudanças climáticas ultrapassam fronteiras e exigem respostas conjuntas. Para ela, fenômenos extremos como enchentes e queimadas demonstram a urgência de políticas coordenadas e do fortalecimento do financiamento internacional voltado à adaptação climática.

Pressão social e defesa das florestas

Organizações da sociedade civil também participaram da reunião e cobraram maior protagonismo para a proteção das florestas tropicais, especialmente por a COP30 ocorrer na Amazônia. A especialista do Greenpeace Brasil, Camila Jardim, criticou a ausência de compromissos mais concretos sobre o tema e destacou que a floresta tem papel essencial na regulação do clima global e no combate às emissões de carbono.

Entre as medidas apresentadas pelo governo brasileiro está o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto para conservar biomas em cerca de 70 países. O fundo prevê US$ 125 bilhões em recursos e repassará 20% diretamente a comunidades indígenas e tradicionais, que desempenham papel fundamental na preservação da biodiversidade.

Financiamento e adaptação no centro das conversas

Durante o encontro, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, enfatizou que há consenso entre os países sobre a necessidade de criar novos instrumentos econômicos para valorizar a natureza. Segundo ela, o objetivo é fazer da conferência de Belém uma “COP de implementação”, voltada à execução das promessas assumidas em edições anteriores.

Além disso, a ministra Marina Silva destacou a importância de garantir recursos para preservar florestas e oceanos, lembrando que as mudanças climáticas não respeitam fronteiras e exigem solidariedade entre as nações.

Expectativa para Belém

Até agora, 62 países, responsáveis por 31% das emissões globais, apresentaram novas metas de redução de gases (NDCs). Grandes economias, como União Europeia e Índia, ainda não atualizaram seus compromissos, o que aumenta a pressão sobre a conferência. Corrêa do Lago afirmou que os encontros bilaterais realizados em Brasília mostraram disposição dos países em avançar no diálogo.