A Prefeitura de Cruzeiro do Sul decretou emergência na manhã desta terça, 17, devido aos extensos prejuízos causados pela praga do mandarová. O decreto foi assinado nesta terça pelo prefeito em exercício Henrique Afonso e deverá ser publicado nesta quarta no Diário Oficial.


Outro problema também é que a praga do mandarová que antes ocorria a cada 4 anos, vem ocorrendo anualmente.
A decisão do prefeito em exercício é apoiada em conhecimentos técnicos.

A Universidade vem, junto com as outras instituições, procurando uma forma de conscientização e programação para planejar o próximo ano e a redução do ataque da Mandarová no cultivo da macaxeira”, disse o professor de agronomia do Campus Floresta da UFAC, Luiz Henrique Farinatti.

“Esse ano, a Mandarová ganhou. Mas a gente tem que estar levantando as políticas públicas voltadas para possíveis ataques. Porque, senão, a renda do município tende a cair bastante. E sem contar que os nossos produtores vão ter uma dificuldade financeira para subsidiar o sustento de seus filhos”, disse Arlindo Pinheiro, Presidente de Associação Renascer da Vila Santa Luzia.

“Para esse ano, está tudo perdido. A gente acredita que para esse ano, os roçados que foram atacados, a gente não tem muito o que fazer. Então, a gente tem que prevenir junto com os produtores rurais, para que o ano que vem nós não tenhamos essa surpresa novamente. Porque o ciclo do Mandarová, que era de 4 em 4 anos, desde a década de 80, ele passou a ser agora quase que anual”.
“O decreto de emergência pelo município vem a ajudar o município a fazer ações emergenciais. E ações emergenciais requerem compra de equipamento, inseticidas, ajuda com kits para esses produtores, que no processo normal iria ter que ter uma licitação, aguardar todo aquele processo legal, e com o decreto de emergência ele poderá abrir mão dessa burocracia e fazer a aquisição de maneira imediata”, disse Marcos Pereira, representante da Secretaria de Estado da Agricultura na região do Juruá.
O prefeito em exercício Henrique Afonso afirma que a situação da mandarová exige um plano de contingência para que todos os anos seja enfrentado de maneira sistemática.

“O que pode acontecer é uma perda significativa de arrecadação, perda de PIB gerando sofrimento para os produtores que vivem e sobrevivem da produção da farinha e derivados”.
“O Prefeito Zequinha conseguiu uma audiência com o Senador Alan Rick e com o Ministro da Agricultura onde nós estaremos tratando esta situação”.
“O prefeito Zequinha já acionou procuradoria. O decreto é necessário para enfretamento desta situação que é grave para todo o vale. Estado com reunião, estamos fazendo um esforço para que esta crise não venha a afetar pessoas que vivem da mandiocultura, para auxiliar e socorrer estes produtores. Nossa ideia é de que da mesma forma das alagações, tenhamos um pano de contingência para pôr em prática todos os anos, já que a praga está praticamente anual”, concluiu o prefeito em exercício Henrique Afonso.