“O sonho da ponte, com o apoio da Bancada Federal do Acre, através do DNIT, começa a se tornar realidade”, avalia Ralph Fernandes.
Na semana passada pela primeira vez nos últimos anos a cidade de Rodrigues Alves ficou completamente isolada, quando os dois acessos existentes ficaram impossibilitados de serem utilizados por conta das fortes chuvas na rampa da balsa e um alagamento na Rodovia AC-407 causado por uma barragem construída numa propriedade particular.
Rodrigues Alves é um importante município do Juruá que tem dois acessos rodoviários, um pela Rodovia Estadual AC-407 que dá acesso ao município de Mâncio Lima, que por sua vez se conecta a outra Rodovia Estadual, a AC-405, que dá acesso também a Cruzeiro do Sul, num percurso em torno de 60 quilômetros. Pela Via Variante o percurso é de apenas 11 quilômetros que também dá acesso a BR-364.
Na última terça-feira (11), a população de Rodrigues Alves passou apenas por mais um dos dramas na luta pela travessia do Rio Juruá e centenas de estudantes, trabalhadoras, trabalhadores, empreendedores, comerciantes, empresários e principalmente os veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) não conseguiram fazer a travessia pelos acessos.
Pela Variante da BR-364, a população que chega e sai do município tem um acesso facilitado com a travessia sobre o Rio Juruá, através da balsa, mas em muitos momentos fica sem a possibilidade de fazer a travessia devido a problemas técnicos da balsa de grande porte que paralisam os serviços de travessia e a empresa não oferece uma alternativa à população.
Ralph Fernandes, que é o fundador e representante legal do Movimento Social Pró-Ponte da regional do Juruá em Rodrigues Alves, luta que representa a interligação e o desenvolvimento regional do Juruá, que tem nos últimos anos construído as condições políticas para que o sonho da construção da ponte se torne realidade, aproveita a oportunidade para pedir as autoridades mais respeito e dignidade com a população da região.
Melhoria das condições na travessia da balsa é uma reivindicação prioritária que o líder do Movimento defende e ao mesmo tempo reivindica junto ao Governo do Estado, através do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) com a construção de paradas para abrigar as pessoas na espera da balsa, além de banheiros femininos e masculinos nos dois lados e ainda pavimentação nos acessos da balsa.
A manutenção do serviço de travessia 24 horas por dia pela balsa de grande porte, inclusive com a substituição imediata por outra balsa quando houver uma falha mecânica e/ou necessidade de manutenção, é uma condição mínima de respeito e dignidade para a população que depende totalmente desse serviço para garantir o seu direito de ir e vir e a sua sobrevivência, avalia o ativista político.
População vive grande drama e riscos na travessia da balsa nos dias de chuva
O professor Ralph Fernandes, cita como exemplo a travessia da ponte do Rio Caeté, em Sena Madureira, que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), teve que operacionalizar e no local já colocou duas tendas em cada margem do Rio para abrigar as pessoas, banheiros femininos e masculinos, duas balsas de grande porte, sendo uma disponibilizada pelo Deracre e até internet que é algo louvável que os cidadãos merecem.
O fundador do Movimento Social Pró-Ponte, lembra as conquistas do trabalho realizado que ganhou o apoio incondicional dos senadores e dos deputados da Bancada Federal que depois do desmembramento da ponte do projeto da estrada para o Peru está tudo legalizado para que o DNIT realize a licitação que objetivará na elaboração do projeto executivo o que já é uma realidade e uma grande conquista fruto de muitas lutas, pelejas e resistências com gratidão aos recursos alocados pelos parlamentares federais para atender o pleito prioritário da nossa região.
Veja a entrevista concedida pelo professor Ralph Fernandes ao repórter Sidney Souza, da Rádio Verdes Florestas, cedida ao Voz do Norte: