Professores de Porto Walter se revoltaram com áudio ofensivo à classe, postado num grupo de whatsApp, com críticas à classe feitas por um cidadão de nome Ocineis, conhecido por terçado, que defende o prefeito e tece críticas e mentiras contra a classe que teve sentença favorável da justiça contra ato abusivo do secretário de Educação apoiado pelo prefeito.
Veja o áudio:
Depois da circulação do áudio onde o cidadão, comenta sobre a matéria, sem conhecimento de nada e destaca o trabalho do vereador Da Cruz, ao afirmar que o prefeito é um pai para os professores que fizeram uma baderna e depois o prefeito e o secretário ficaram com raiva e mandaram eles de volta ao local onde eles trabalhavam.
“Eu achei que ele estava certo porque o prefeito colocou outros provisórios para lá e eles queriam aumento de salário”, diz em sinal de deboche e continua: “Era bom né, para quem estava trabalhando e pouco dentro da cidade, muitos deles nem trabalhavam, iam para uma secretaria ficar só riscando papel por lá”, disse.
Ao concluir sua opinião sobre os professores, no áudio, o cidadão fala ainda de um ditado popular: “Então, a gente tem um ditado popular que a gente dá a César o que é de César, por isso sempre dei razão para o prefeito”, comentou. O áudio postado nas redes sociais pelo cidadão que é presbítero da Igreja Deus é fiel e marceneiro causou revolta nos professores.
Depois de uma vitória contundente garantida pela Justiça o ponto de vista do cidadão gerou vários comentários dos professores que ficaram indignados com as ofensas e a grande falta de conhecimento sobre o assunto uma vez que os professores que foram transferidos trabalhavam nas suas escolas na zona urbana há muitos anos.
“Boa noite a todos os integrantes do grupo! Desde já peço desculpas pois não faço parte desse grupo mas não posso deixar de responder ao senhor que falou tantas inverdades. Primeiro informar ao mesmo que tenho praticamente 27 anos de atuação na EDUCAÇÃO, não fiz concurso para zona rural e que meu primeiro dia de trabalho como funcionária pública foi na escola Manoel Moreira Pinheiro, exatamente em primeiro de março de 1998. Tenho uma trajetória de trabalho e não de baderneira, tenho a plena certeza que se tem alguém despreparado ou que está em sala de aula por favores políticos essas pessoas não são as que estavam reivindicando seus direitos não.
Quando fala que o prefeito é um pai pode até ser para pessoas como o senhor que prefere não trabalhar com a verdade ou para os que estão sem trabalhar que não é o nosso caso, foram poucos os estavam naquele momento para reivindicar o que é seu por direitos, mas foi essa minoria que fez a diferença na vida de todos os educadores inclusive dos que pensam como o senhor em achar que uma pessoa que faz o que o prefeito fez está correto”, protestou a professora Alcione Araújo, uma das que foi perseguida com a ação do secretário e do prefeito e tem 26 anos de magistério,. sendo 14 na escola Manuel Moreira Pinheiro
Veja outro repúdio: “Fica aqui minha indignação pela fala infeliz desse senhor que perdeu a oportunidade de ficar calado. Jamais pedi para nenhum prefeito favores para sair da minha sala de aula. Até porque fiz concurso para ser professora. Desde 2004 sou professora provisória da e
scola Manoel Moreira Pinheiro. E quando fiz concurso para ser professora permanente em 2011 fiquei na mesma escola até os dias de hoje. Nunca ouvi tanta besteira de uma só vez. Onde um homem desse chama um prefeito de pai. Então, ele que peça a benção, pois o meu pai mora em Cruzeiro do Sul. E professor nenhum que está em sala de aula rabisca caderno gente, ele vem planejando para dar uma ótima aula. E aumento de salário foi mandado pelo governo federal. Nunca pedimos ou fomos atrás de nada do que é de ninguém. Deveria ao menos estudar antes de falar tanta besteira”, disse outra professora.
“Opinião todo mundo tem e todo mundo quer dar, mas, saber de fato o que acontece é que é a questão. É muito fácil abrir a boca e analisar uma situação por disse me disse e por imaginar situações que por ventura aconteçam, mas não se sabe o viés de fato, mas, se colocar no lugar do outro hoje em dia já não existe mais com tanta frequência. Ser professor é uma luta de resistência constante, ser professor e ser humilhado por uma gestão política em um município não é de se esperar que uma parcela do povo seja desrespeitoso com a gente, mas seguiremos firmes, mostrando a verdade quando ela for nossa, mostramos à nossos alunos, filhos, familiares a honestidade que buscamos ensinar para uma sociedade melhor”, disse um professor.
Os professores estudam uma maneira de responsabilizar judicialmente o autor do comentário pelas mentiras e falta de respeito.