Antes mesmo da implantação oficial do campus do Instituto Federal do Acre (Ifac) no município de Feijó, o Programa Mulheres Mil já começa a abrir caminhos na região. Na última sexta-feira (20.09), representantes da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e que participaram da Extensão Itinerante, estiveram na cidade para alinhar os preparativos para o início das atividades do programa, que oferecerá os cursos de Vendedora e Operadora de Caixa a mulheres em situação de vulnerabilidade social.
A visita foi conduzida por Silvania da Silva Souza, coordenadora geral da equipe sistêmica do Mulheres Mil, e Lidiane Garcia, coordenadora adjunta do campus Tarauacá. As representantes conheceram o local onde será construído o futuro campus do Ifac em Feijó e o espaço do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, onde acontecerão as aulas.
Durante a agenda, também foram realizadas reuniões com Olga Silva, coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), vinculado à Prefeitura de Feijó, e com Diuliani Sousa da Silva Menezes, nomeada recentemente como supervisora local do Programa Mulheres Mil.
Silvania Souza destacou que a visita foi produtiva e que as expectativas para a implementação do programa em Feijó são bastante positivas. “As agendas foram excelentes. As ações iniciais do Mulheres Mil no município estarão vinculadas à coordenação adjunta do campus Tarauacá, e as aulas dos cursos têm início marcado para o dia 13 de outubro de 2025. Estamos muito confiantes com o potencial transformador do programa na região”, afirmou.
A pró-reitora de Extensão do Ifac, Luana Melo, também comentou sobre a iniciativa. Segundo ela, a presença do programa em Feijó reforça o compromisso da instituição com a interiorização da educação pública de qualidade. “Mesmo antes da implantação do campus, o Ifac está presente em Feijó por meio de ações concretas de formação e inclusão, cumprindo o seu papel social, com o apoio do nosso reitor Fábio Storch. O Programa Mulheres Mil é uma ferramenta poderosa de transformação social, e levar essa oportunidade às mulheres do município demonstra nosso compromisso com o desenvolvimento humano e com a valorização de territórios que historicamente enfrentam barreiras de acesso à educação”, declarou.
Parceria estratégica com o CRAS – A coordenadora do CRAS, Olga Silva, enfatizou a importância da parceria com o Ifac para promover autonomia financeira e empoderamento feminino. “Por sermos a porta de entrada para as famílias em situação de vulnerabilidade, é gratificante estabelecer essa parceria com o Ifac, mesmo antes da instalação do campus. O Mulheres Mil vai ajudar a mudar a realidade de muitas mulheres que participam das ações do centro de referência”, destacou.
Segundo Olga Silva, muitos desafios ainda precisam ser enfrentados, especialmente relacionados ao engajamento das mulheres. “Muitas delas ainda estão desacreditadas, desmotivadas. Mas com os cursos certos e ações de conscientização, conseguimos mostrar que é possível sair da dependência do Bolsa Família, conquistar sua renda e assumir um novo papel na sociedade”, afirmou. Ela também reforçou que o trabalho do CRAS vai além da assistência, buscando a valorização e autoestima das mulheres atendidas.
Ex-aluna do Ifac será supervisora local – Nomeada como supervisora local do Programa Mulheres Mil, através de processo seletivo, Diuliani Sousa da Silva Menezes traz uma história de superação e experiência, além de afirmar em reunião que se sentia muito feliz e privilegiada por participar da equipe e que está disposta a fazer um bom trabalho.
Egressa dos cursos técnicos em Vendas e Finanças ofertados no campus do Ifac em Tarauacá, ela relatou com orgulho como a formação impactou sua trajetória profissional. “Esses cursos me ajudaram muito. Antes de ser professora, trabalhei em empresas privadas, na área de vendas e recursos humanos. Essa formação agregou muito valor à minha vida profissional”, contou.
Com formação em Pedagogia e vivência como professora da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Diuliani acredita estar preparada para o novo desafio. “Sempre me identifiquei com a EJA. Foi onde iniciei minha carreira como educadora e aprendi a importância de olhar o aluno com mais humanidade. Hoje, me sinto privilegiada e motivada para contribuir com a transformação que o Mulheres Mil pode trazer para a vida dessas mulheres em Feijó”, concluiu.
