A arte musical do cantor Nilson Chaves, do Pará, que assina a curadoria e direção do projeto Cantares Amazônicos, que teve a participação dos cantores Alberan Moraes, do Acre, Bado, de Rondônia, Célio Cruz, do Amazonas, Dorivã, do Tocantins, Eliakin Rufino, de Roraima, Zé Miguel e Patrícia, do Amapá, realizou um grande show na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, para o público carioca e de todo Brasil, inclusive com a presença de cruzeirenses que prestigiaram o grande evento.

No Rio de Janeiro os artistas do projeto Cantares Amazônicos contaram histórias, mistérios da floresta e cantaram os costumes e influências recorrentes dos povos originários, num espetáculo inédito, criado para expressar a diversidade, pluralidade e a qualidade da cultura musical amazônica preservada ao longo do tempo, destaca o cantor cruzeirense Alberan Moraes que participou e ficou muito honrado pelo convite recebido do cantor Nilson Chaves.


Os oito artistas da Amazônia foram acompanhados por uma banda formada por músicos da região amazônica que expressaram a força de uma aldeia de vozes que emana a esperança e a alegria da cultura ancestral regional brasileira. O espetáculo, no contexto multicultural nacional, apresentou sonoridade e versos de uma cultura erguida pelos hábitos e tradições dos povos de uma região muito especial.

“Mesmo sob a forte influência de massivas mensagens midiáticas subliminares a cultura musical amazônica resiste, preserva, dissemina e desafia o seu próprio tempo. Os cantos da Amazônia nos dimensionam e quanto a identidade musical brasileira transcende ao samba, choro, bossa nova, carnaval, forró, sertanejo, axé, frevo, para ao mesmo tempo valorizar essas linguagens e gêneros na afirmação da sua singular brasilidade”, afirma Alberan.

O cantor cruzeirense destaca que o projeto Cantares Amazônicos foi para ele, como acreano, uma experiência única de levar a música acreana para o Brasil, começando pelo Amapá, com uma apresentação muito bonita e foi maravilhoso conhecer aquele estado que é uma referência de música e vai ser homenageado no carnaval do Rio de Janeiro pela Escola de Samba Mangueira.
“No Rio de Janeiro, na Sala Cecília Meireles, tinha muita gente de todo o Brasil, da região amazônica, inclusive cruzeirenses que foram prestigiar e assistir o show. Foi uma sensação incrível ver a nossa música sendo destaque naquele local tão conhecido no Brasil. Quando a gente estava tocando entalava. Cantores como a Jane Duboc e outras estavam assistindo, depois do show expressaram sua satisfação e elogiaram o show”, ressalta.

Alberan Moraes avalia que ao voltar para Acre depois da apresentação no Rio de Janeiro a sensação foi de dever cumprido por ter levado a música acreana para o importante palco carioca e agora o projeto é se empenhar e buscar apoio dos governadores para levar também o show para o Brasil. No aeroporto de Brasília Alberan encontrou com o ministro Wellington Barroso de Araújo Dias, do Desenvolvimento e Assistência Familiar e Combate à Fome, que já foi senador e governador do Piauí.
Alberan Moraes canta seu sucesso Farinha, no palco da Sala Cecília Meireles
“Conheço o ministro Wellington Dias desde 2013, aproveitei a oportunidade para apresentá-lo ao cantor Nilson Chaves e aos artistas do projeto e o ministro manifestou vontade de levar o espetáculo para uma apresentação no seu Estado. Vamos conversar também com o governador Gladson para trazer o espetáculo para o Acre e vou falar pessoalmente com o governador para explicar a importância desse projeto”, disse o artista cruzeirense.

Ao concluir Alberam Moraes faz um destaque especial aos integrantes do projeto Cantares Amazônicos, formado por professores e cantores de universidades em seus estados. “José Miguel é professor de música no Amapá e Bado em Rondônia. Eliakim é professor de história, na Universidade de Boa Vista e os músicos são professores de música em escolas de Macapá”, finaliza.
Apresentação dos artistas do Projeto Cantares Amazônicos no palco da Sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro