“Quem morreu, bateu o sino, seu Alberto foi rezar”. Na música Retórica Sentimental o cantor Alberan Morais fez uma justa homenagem ao seu pai Alberto Brito. Desta vez, na madrugada desta quinta-feira (22), o sino não bateu porque o homem que tocou o sino por muitas décadas partiu para a Casa do Pai. Ele tinha mais de 90 anos.

Registramos com pesar o falecimento do senhor Alberto Brito, na madrugada desta quinta-feira. Ele era um dos pioneiros moradores do bairro Morro da Glória em Cruzeiro do Sul e trabalhou durante toda sua vida na Prelazia e depois na Diocese de Cruzeiro do Sul onde se aposentou.
Alberto Brito nasceu no seringal Cruzeiro do Vale, no Alto Juruá, no dia 15 de novembro de 1932 e no ano de 1952, já residindo na vila Humaitá, atual município de Porto Walter mudou para a cidade de Cruzeiro do Sul, no dia 07 de abril, mas em Humaitá já trabalhava com os padres.
Ao chegar em Cruzeiro do Sul ele passou a trabalhar com o então Bispo D. José Hascher, depois com D. Henrique Ruth e D. Luiz Herbst e sua história de vida se confunde com o trabalho religioso da Igreja Católica de Cruzeiro do Sul pelo serviço prestado a comunidade como destacou Alberan Moraes em sua música retórica sentimental.
Alberto Brito acompanhou o trabalho da construção da Catedral de Nossa Senhora da Glória e ficou conhecido pela presença nos trabalhos na catedral de Nossa Senhora da Glória. Era ele quem batia o sino da igreja que tocava nos horários das missas, pela manhã e a noite, no meio-dia e em momentos fúnebres e festivos da igreja.
Das lembranças da vida do senhor Alberto Brito recordamos uma cena que não vemos desde que ele se aposentou. Depois da missa das 6:00 horas, muitas vezes subia a ladeira do Morro da Glória com um saco de farinha equilibrado na sua cabeça. Tranquilamente caminhava morro acima até sua residência sem tocar a mão na mercadoria na cabeça. Mágico quem viu a cena.
De Cuiabá, onde mora, o escritor cruzeirense, que mantém profundas ligações afetuosas com sua terra natal, no ano passado nos lembrou da data natalícia de 90 anos do senhor Alberto Brito, esposo da conhecida professora Randélia Braga de Moraes Brito que juntos construíram uma bela família em sua vida matrimonial: os filhos – Os cantores e compositores Alberan e Alberto Lôro, já falecido, Mharia Alberli, Alberdan, já falecido, José Alderson, Maria Albernízia, José Albécio, Maria Alberlani, Wendel, filho neto de criação, além dos netos, netas, bisnetos e bisnetas. Netas: Bárbara – bisneto – Dudu, Ingrid- bisneta – Mariana Ínede thaisa – bisnetos – Heloisa e Nicolas Mariana, Victoria- bisneta – Melina Débora – bisneta Izabela, Izabel. Izabele, Brisa, Lara thalia, Ane. Netos: Igor – bisnetos, Hugo, Mírian e Guilherme, Weslei; Gabriel – bisneto Noah, Gustavo – bisneta Maria Alice, Thiago, Yan lucas.
Na manhã desta quinta-feira Dindola postou em suas redes sociais uma homenagem póstuma ao senhor Alberto Brito:

Depois de mais de 60 anos de serviços prestados a Prelazia e Diocese do Alto Juruá o senhor Alberto Brito se aposentou e como todos na vida passou por dois momentos dolorosos com a morte dos filhos Alberson, que morava em Goiânia, vítima de acidente e depois Alberto Lôro, que morava em Rio Branco, vítima de câncer. Ele aos 83 anos sofreu em Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas, com o carinho da família conseguiu se recuperar, mesmo com a sequelas.

No ano de 2013 Alberto Brito foi homenageado numa Sessão Solene da Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul, através de indicação do então vereador Anísio Correia Lima, honraria que muito lhe alegrou, registrada com uma reportagem especial do Jornal Voz do Norte.
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