Produtores do Ramal 12, do Projeto de Assentamento Santa Luzia, estão inovando na diversificação da produção. Além da tradicional cultura de feijão, arroz, café e cacau, o chocolate artesanal vem sendo produzido e vai ganhado espaço, graças à dedicação da família dos produtores Jairo Meirelles e Eliana Augusta.
O chocolate, totalmente artesanal, do Ramal 12 é produzido com leite, também de produção familiar, nos sabores: gramixó (mascavo), banana, abacaxi e jerimum e já começa a fazer sucesso entre o público que frequenta a Feira do Agricultor, promovida pela prefeitura, aos sábados, no mercado em frente ao Ministério Público.
A prefeitura, observando a iniciativa, se colocou como parceira dos produtores e o secretário de Agricultura, Elenildo Souza, esteve visitando a produção de chocolate.
“Me sinto feliz em estar cumprindo essa determinação do prefeito. Vamos dar todo o apoio necessário para que estes produtores possam escoar sua produção. Colocamos um caminhão para realizar este trabalho e vamos procurar ajudar na ampliação dos espaços de comercialização para os produtos”. E seguiu: “Essa é uma produção que nos orgulha muito. É um chocolate 100% natural e 100% artesanal. Até o leite utilizado é o da vaca criada na propriedade dos produtores. Por isso, tem um sabor diferenciado, que é mais um atrativo para o consumidor e, mais que isso, a venda dos chocolates pode representar uma melhora de vida para as pessoas do ramal e uma renda extra”, concluiu o secretário.
Eliana Augusta, uma das produtoras familiares do chocolate artesanal, explica a importância da Feira do Agricultor para exposição, comercialização e divulgação do produto.
“Esta parceria com a prefeitura é de grande importância para nós. Se não fosse a Feira do Agricultor, nós não seriamos capazes de mostrar nosso produto, antes era anônimo. E agora, por meio do apoio que estamos recebendo nosso trabalho está sendo divulgado para todo estado e, logo mais, o Brasil todo vai conhecer”, disse.
A cultura do cacau e a monilíase
O cacau é uma cultura importante para a região do Juruá. Contudo, os produtores foram recentemente surpreendidos por um tipo de fungo, que ataca os pés de cacau e de cupuaçu. Como medida para conter o avanço da “monilíase”, o Ministério da Agricultura impôs medidas que restringem a comercialização do cacau. Porém, as medidas não atingem a comercialização do chocolate, já que este não oferece qualquer tipo de risco.
“O cacau ainda não tem comprador fixo devido à doença aqui no vale do Juruá. A venda teve que ser restringida, mas a barrinha de chocolate pode ser comercializada sem o menor problema. E para explicar isso aos consumidores a parceria com a da Secretaria Municipal de Agricultura tem sido fundamental”, explica o produtor Jairo Meirelles.
O prefeito Zequinha Lima falou sobre a produção: “É nosso papel fazer tudo que pudermos para ajudar os produtores. E quando vejo iniciativas inovadoras, como essa do chocolate artesanal, fico muito satisfeito, pois sei, que isso pode e deve fazer a diferença na renda da família que está produzindo. Nossa gestão vai apoiar iniciativas como essa, os moradores de nossos ramais e vilas não estão sozinhos, nós estamos com eles”, afirmou o prefeito.