Conexsus e parceiros estratégicos levam a Casa da Sociobioeconomia para a COP30, posicionando a economia da floresta em pé no centro do debate global
No Dia da Amazônia e na Semana da Sociobiodiversidade, a Conexsus e organizações parceiras lançam movimento para fortalecer a Sociobieconomia como solução climática global. Nesta sexta (05) será divulgada pela primeira vez a Casa da Sociobioeconomia, espaço estratégico em Belém, que durante a COP30 abrigará negociações, análises e diálogos entre guardiões(as) da floresta, parceiros e tomadores de decisão.
O objetivo é levar a Sociobioeconomia para o centro das discussões na primeira COP realizada na Amazônia, um marco histórico na negociação de temas relevantes como Transição Justa, Agenda de Ação e Finanças Climáticas. É a voz das comunidades, dos povos indígenas, agricultores familiares e dos extrativistas propondo, a partir do manejo de seus territórios coletivos, uma solução sustentável e economicamente viável para a emergência climática global. A casa será um lugar aberto e epicentro para intercâmbios com representações e atores chave que, potencialmente, não terão acesso aos espaços oficiais de negociação na COP.
“O lançamento acontece neste encontro justamente para conectar o que emerge dos territórios (aprendizados dos movimentos, avanços nas cadeias da sociobiodiversidade, soluções de crédito, assistência técnica e extensão rural, arranjos comerciais) com as mesas de negociação da COP, pavimentando caminhos para que as finanças climáticas cheguem de forma direta e efetiva às comunidades e fortaleçam as economias dos territórios coletivos”, afirma Fabiola Zerbini, diretora-executiva da Conexsus.
Com uma programação que inclui debates, intercâmbios, exposição e comercialização de produtos da sociobiodiversidade, a Casa da Sociobio em Belém durante a COP30 vai muito além de um evento paralelo na conferência: é a peça central de uma estratégia maior, que visa demarcar o protagonismo de uma solução concreta para o clima, amplificando as vozes dos guardiões e guardiãs das florestas nas negociações e nos debates. Clua e WWF-Brasil são financiadoras e apoiadoras de atividades a serem realizadas na Casa da Sociobioeconomia.
“Temos a esperança de que este espaço dê visibilidade à relevância das economias das comunidades extrativistas para o clima, por promoverem a conservação, e ao mesmo tempo possibilite a construção de soluções que assegurem qualidade de vida às famílias que sustentam esse modelo de economia da sociobiodiversidade”, afirma Adevaldo Dias, liderança do CNS e presidente do Memorial Chico Mendes
O Movimento
Pautar a Sociobioeconomia como resposta à crise climática na COP é o ponto de partida. Ele integra um esforço de articulação com os principais documentos que estão sendo negociados na agenda de clima, com foco em garantir o reconhecimento oficial da Sociobioeconomia em instrumentos como Roadmap Baku-Belém, a Agenda de Ação, os planos clima de mitigação e adaptação, o Global Stocktake. No momento, há negociação de diversas organizações de países do Sul Global para construir uma declaração conjunta sobre a Sociobioeconomia. O objetivo é que a declaração seja divulgada durante a COP30 na Casa da Sociobio e nos espaços oficiais da Blue e Green Zones.
A iniciativa é uma demonstração de que o movimento está comprometido em construir pontes entre a realidade dos territórios, seus guardiões e as grandes discussões globais. As organizações interessadas em conhecer mais e participar da programação da Casa da Sociobioeconomia podem entrar em contato no email contato@conexsus.org. Atualizações também em: www.conexsus.org.
Cadeias sustentáveis
O movimento destaca a necessidade de um novo olhar sobre o financiamento climático, que precisa sair das discussões e chegar às mãos de quem vive e protege os territórios. A proposta é clara: aliar recursos globais a instrumentos que garantam o acesso direto aos produtores, gerando, simultaneamente, conservação e prosperidade social.
Programação da Casa
A agenda de debates e painéis abordará: Mercados da Sociobioeconomia, Comunicação e Mobilização, Movimentos Sociais e Agenda Climática, Caminhos para Destravar o Crédito Rural e Fundos de Financiamento Climático do Sul Global. Será ainda lançado o “Desafio Pan-Amazônia”: experiência interativa que mapeou oportunidades, gargalos e rotas de ativação da Sociobioeconomia em cada País da região, e realizado o FIINSA – Fórum de Investimentos e Inovação: balanço da COP30 e consolidação de roteiro de empreendedorismo, investimentos e indicadores para a Sociobioeconomia
Serviço:
O quê: Lançamento do movimento pela Sociobioeconomia como Solução Climática Global
Quando: Sexta-feira, 5 de setembro de 2025 (Dia da Amazônia) às 12h
Onde: Semana da Sociobiodiversidade, Pousada dos Angicos, Brasília (DF)
Mais informações: Tama Savaget – tama.savaget@conexsus.org
