Cruzeiro do Sul, Acre, 30 de abril de 2025 00:43

3º Tributo ao Diko Lobo lotou a pracinha da Copacabana numa grande homenagem ao saudoso roqueiro

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Na pracinha de um dos portais da Avenida Coronel Mâncio Lima que liga a Avenida Copacabana o saudoso roqueiro Diko Lobo, nosso querido Diquinho, buscou apoio de alguns parceiros e construiu um belo palco, humilde, mas carregado de muita força de vontade e amor para cultuar com a juventude o rock e a música brasileira.

Repentinamente, o roqueiro botafoguense foi chamado para o andar de cima aos 41 anos de idade, num momento de muita tristeza e perplexidade para seus amigos, tão rápido foi o arrebatamento do jovem sonhador, roqueiro desde que se entendeu por gente cuja viagem ao mundo do rock iniciou em 1993 depois de ouvir na Rádio uma música de Bob Dyllan.

A música “Knockin on Heaven’s Door”, tocada pela banda Guns N’Roses que fez uma versão, foi a música que marcou sua vida e a partir daquele momento Diquinho ficou bastante encantado com as guitarras, a forma dos roqueiros cantarem e as atitudes expressadas naquela canção que ele não sabia o nome e ligou para a rádio para descobrir quem era o artista e que música era aquela.

“Quando consegui descobrir o nome da música me aprofundei no universo da banda e surgiram Pink Floyd, Dire Street, Raul Seixas como pai do roque brasileiro e as influências nacionais, Barão, Engenheiros do Havaí, Capital Inicial.  Hoje, costumo falar como minhas referências no rock Rolling Stones, Beatles, Led Zepplin, Pink Floyd, Bon Jovi, Guns N’ Roses e Metallica, essas bandas”, disse numa entrevista ao Voz do Norte, Diko Lobo.

No circuito nacional Diko Lobo gostava de Engenheiros do Havaí, Legião Urbana, Barão Vermelho e Raul Seixas, o pai do rock brasileiro, entre outras e destaca que para ele o rock é uma filosofia, uma forma de levar a vida dentro de um conceito democrático, libertário, social e um veículo de comunicação muito forte.

“Pelo rock se consegue expressar muitos sentimentos, músicas com conotação política, social, com lado poético, romântico, bem humorado, sarcástico onde você consegue trafegar levando mensagens diversas sobre vários temas abordados no dia a dia da sociedade e que forma opinião por conta da ideia de você ser diferenciado”, disse o roqueiro em vida.

Neste sábado (26) os amigos do roqueiro Diko Lobo, Romisson Santos e Michael Fiqueiredo, na frente da organização do evento, realizaram o 3º Tributo ao Lobo, no palco da Pracinha da Copacabana, para lembrar o saudoso amigo com participação especial das bandas Nego Véi, Acústica, Titânica, Creeping Death, Lobos do Vale e Rockstone e a participação especial da cantora Hercy Moraes.

Um dos amigos e organizador do 3º Tributo ao Lobo, Romisson Santos,  avaliou o evento como muito bom, um sucesso de público que teve a apresentação de seis bandas locais e cada uma delas tocou uma música do Diko Lobo e as pessoas se divertiram muito. “Sabemos que o rock representa um nicho musical, na cidade não é diferente e o Diko era o maior expoente deste gênero, nada mais justo do que fazer essa homenagem e vamos continuar fazendo esse trabalho para preservar o legado tão bonito deixado por ele na cidade”, avaliou Romisson.

Romisson destacou ainda que tributo ao Diko Lobo  já se tornou parte do calendário e da efeméride cultural de Cruzeiro do Sul ao agradecer os apoiadores. “Neste ano foi um sucesso e movimentou a cena do rock na cidade com a presença de centenas de roqueiros cruzeirenses. O sentimento é de agradecimento à todos que compareceram e colaboraram para a realização do evento”, agradeceu Romisson.

A equipe organizadora do 3º Tributo ao Diko Lobo agradece de coração a colaboração dos parceiros Papelaria Fernanda, Éber Machado, Grupo Matos, Yamaha e o empresário Getulinho, Contabilize e o deputado estadual Nicolau Júnior, pelo apoio que garantiu mais uma realização espetacular ao saudoso Diko Lobo.