Presidente brasileiro voltou a defender financiamento climático para os países em desenvolvimento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a criação de impostos sobre empresas multinacionais e tributação dos super-ricos como forma de financiar o combate às mudanças climáticas.
“Sem incluir o capital privado, a conta não fechará. A maior parte da riqueza mundial gerada nas últimas quatro décadas foi apropriada por indivíduos ou empresas. Ao mesmo tempo, os orçamentos nacionais encolheram”, disse Lula em discurso na abertura da sessão temática sobre os 10 anos do Acordo de Paris, na Cúpula de Líderes que antecede a COP30 em Belém.
“Um indivíduo pertencente ao 0,1% mais rico do planeta emite, em um único dia, mais carbono do que os 50% mais pobres da população mundial durante um ano inteiro. É legítimo exigir dessas pessoas uma maior contribuição. O imposto mínimo sobre corporações multinacionais e a tributação do patrimônio de super-ricos podem gerar recursos valiosos para a ação climática”, acrescentou.
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O presidente brasileiro também ressaltou a importância do financiamento climático direcionado aos países em desenvolvimento.
“A maioria dos recursos ainda é oferecida sob a forma de empréstimos. Não faz sentido, ético ou prático, demandar a países em desenvolvimento que paguem juros para combater o aquecimento global e fazer frente a seus efeitos. Isso representa um financiamento reverso, fluindo do Sul para o Norte Global”, acrescentou ele.
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