Cruzeiro do Sul, Acre, 12 de outubro de 2024 01:52

Vídeo mostra ato obsceno de alunos de Medicina em ginásio esportivo; MEC cobra faculdade

AR24QNWF4NAH5C3CB2UECB4ZIY

Ministério dá 15 dias para que Unisa explique apurações sobre o caso durante competição universitária; Polícia Civil abriu investigação. Faculdade não se manifestou

A Polícia Civil de São Paulo investiga os vídeos nos quais aparecem estudantes de Medicina que seriam da Universidade Santo Amaro (Unisa) se masturbando diante de jogadoras de uma partida de vôlei em uma competição universitária. Ministério da Educação (MEC) também notificou a instituição nesta segunda-feira, 18.

Segundo informações colhidas até o momento, diz a polícia, os estudantes do time de futsal masculino invadiram a quadra e passaram a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição. A polícia não diz qual é a instituição.

A competição ocorreu em São Carlos, interior paulista, de 28 de abril a 1º de maio. Nos vídeos que circulam passaram a circular nas redes sociais no fim dee semana, é possível ver o grupo mostrar as genitálias e, na sequência, fazer atos obscenos voltados para a quadra. A reportagem entrou em contato com a Universidade Santo Amaro (Unisa) e não obteve retorno.

Segundo o Centro Universitário São Camilo, os alunos de Medicina da Unisa correm seminus enquanto se masturbam na CaloMed, evento de jogos de integração entre veteranos e calouros. Participaram do torneio estudantes também das faculdades de Medicina de Barretos e Jundiaí.

Os gestos são tipificados como crime de ato obsceno – manifestação de cunho sexual em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade –, conforme o artigo 233 do Código Penal. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa.

“O Centro Universitário São Camilo – SP informa que sua Atlética do curso de Medicina não participa do Intermed. Porém, de 28 de abril a 1.º de maio deste ano esteve presente em outro evento esportivo chamado CaloMed, em São Carlos (SP), quando as alunas de Medicina da instituição disputaram um jogo contra a equipe da Unisa. Os alunos daquela universidade, tendo saído vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma denúncia por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”, diz a instituição.

A universidade também repudiou os atos de desrespeito. “Acreditamos que o pudor e os bons costumes devem prevalecer, especialmente quando se trata de ambientes acadêmicos, onde a formação de novos e bons profissionais é o compromisso maior com a sociedade”, diz a nota.